Apresentação: Dedicação, solidariedade e amor ao próximo são algumas ações que se tornaram parte da rotina dos estudantes da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória que participaram do Projeto de Extensão Universitária Dança Sobre Rodas “Rodopios e Piruetas”. O projeto surgiu para atender especificamente as crianças com Paralisia Cerebral (PC) que dependem da cadeira de rodas para locomoção e através deste projeto os alunos vivenciam e aprendem dia após dia, a rotina das crianças sobre rodas e como contribuir para o seu desenvolvimento. As crianças com PC apresentam disfunções motoras que são frequentemente acompanhadas de distúrbios da sensação, percepção, cognição, comunicação e comportamento. O déficit de mobilidade apresentado por estas crianças leva à diminuição da participação na comunidade e reduz o contato com os pares em atividades e jogos/brincadeiras. Como consequência, o desenvolvimento cognitivo, motor e social é comprometido. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é relatar a experiência de uma acadêmica de fisioterapia ao participar do projeto de extensão denominado: Dança Sobre Rodas “Rodopios e Piruetas”

Desenvolvimento do trabalho: O projeto conta com a participação de um grupo de crianças com PC, que ocorre uma vez por semana, durante uma hora e meia, no setor de pediatria na Clínica escola da EMESCAM. Antes do projeto iniciar, as crianças realizam cinquenta minutos de fisioterapia, logo após são encaminhadas para sala do projeto. Para realização do projeto, as crianças são divididas de acordo com a sua idade e cognitivo, onde as crianças que já estão caminhando para adolescência já tem interesse em músicas e dança de acordo com a sua idade, as crianças menos ainda estão no mundo da fantasia de príncipe e princesa. A música é escolhida junto e a coreografia é feita de acordo com a funcionalidade da criança, onde busca usar todo potencial delas na dança, como equilíbrio, coordenação, movimentos ritmados, agilidade, é um grande desafio com um ótimo resultado no final.

Resultados: Durante a realização do projeto foi possível presenciar de forma clara a inclusão social, a alegria das crianças ao participar de um projeto prazeroso e permitiu aos alunos colocar em prática as teorias aprendidas na disciplina de saúde da criança. Além disso, observou-se a melhora no quadro cinético-funcional, tendo em vista que, o projeto contribuiu para o desenvolvimento do brincar através da dança, minimizando os impactos negativos do uso da cadeira de rodas, promovendo a manutenção da capacidade funcional, participação social e dessa forma, propiciando a melhora na qualidade de vida das crianças participantes.

Considerações finais: A vivência oportunizou uma aproximação dos alunos junto as crianças cadeirantes, possibilitou expandir os conhecimentos e através deste, ser um agente de transformação na vida das crianças e seus familiares. O desempenho do projeto foi gratificante, onde todos os participantes, desde as crianças, alunos, familiares e orientadores do projeto se mantiveram motivados e contentes ao perceber os resultados exitosos na vida das crianças, bem como todos os envolvidos no projeto que de alguma forma também foram transformados seja no campo pessoal, acadêmico ou profissional.