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A integração dos discentes ao território adstrito de uma Estratégia Saúde da Família (ESF), por meio das visitas no eixo Integração-Ensino-Serviço-Comunidade (IESC), é  fundamental para a construção de um olhar crítico sobre o processo saúde-doença. Desse modo possibilita-se a compreensão dos determinantes sociais de saúde e o  estabelecimento de correlações entre os mesmos e a ocorrência de problemas e riscos à saúde da população. O objetivo deste trabalho é relatar as experiências vivenciadas nas visitas realizadas no território durante as práticas, constatando os diversos determinantes sociais que influenciam no processo saúde-doença.A experiência vivida pelos estudantes do segundo período na graduação em medicina durante as visitas ao território no eixo IESC juntamente a tutora e a Agente Comunitária de Saúde (ACS), proporcionou um contato direto com a realidade dos usuários da ESF, suas condições de vida e determinantes sociais como um todo. As visitas ocorreram quinzenalmente, onde os discentes percorreram todo território adstrito, realizaram o mapeamento e a partir de observações foram coletados dados epidemiológicos. Dentre os diversos problemas encontrados, foi destacado a dificuldade de mobilidade, acesso a água potável, tratamento adequado do esgoto como também falta de coleta regular de lixo. No final, foi apurado e analisado a territorialização da área adscrita pela Unidade Básica de Saúde (UBS) e seus determinantes sociais para confecção de um mapa, a fim de realizar um diagnóstico epidemiológico ao perfil socioeconômico e ambiental, favorecendo a construção de metas e planejamento a serem implantados pela gestão pública na promoção em saúde. Através das visitas feitas pelos alunos de medicina, é possível perceber o quanto os determinantes sociais observados em cada comunidade se relacionam diretamente ao processo saúde-doença e de que maneira as iniquidades sociais contribuem para a conformação do perfil epidemiológico. Desse modo, ao longo da graduação é possível aprender que o território, com suas singularidades, perfil demográfico, político, social e cultural é parte necessária da compreensão do processo saúde-doença. Infere-se, portanto, que essas experiências nas atividades de territorialização fortaleceu a educação médica, pois inseriu os discentes em um campo prático e viabilizou o entendimento entre saúde e determinantes sociais, fortalecendo a formação profissional e cidadã, instigando a criticidade e a capacidade de construir conhecimentos que levam a formação de um profissional humanizado.