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Apresentação: A infecção por COVID-19 resulta em diversos sintomas e morbidades, influenciadas pela da genética individual, etnia, idade e localização geográfica, afetando principalmente o sistema respiratório, embora outros sistemas orgânicos também estejam envolvidos. Além disso, a sintomatologia auxilia na classificação da doença como leve, moderada, grave ou critica, sendo que, as formas mais graves necessitam de internação hospitalar, portanto, o objetivo do estudo foi analisar o perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes internados em um hospital de Vitória - ES. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo transversal com pacientes internados no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória - ES. A amostra foi constituída por 52 indivíduos (≥ 18 anos), selecionados de forma aleatória entre novembro de 2020 e junho de 2021, que apresentaram PCR positivo para a COVID-19. A entrevista foi realizada em até 48 horas antes da alta hospitalar e constituiu-se de um questionário semiestruturado com informações sobre o perfil sociodemográfico (sexo; idade; estado civil; escolaridade; procedência) e clínico (índice de massa corpórea -IMC; doenças relacionadas; sintomas da COVID-19 e grau de dispneia). A dispneia foi avaliada pela escala de dispneia do Medical Research Council modificada - mMRC, graduada de 0 a 4, sendo que 0-1 indicam uma dispneia não significativa e para os níveis 2, 3 e 4 considera-se dispneia significativa. Os dados foram analisados de forma descritiva com medidas de frequência, mediana e intervalo interquartil. Resultados: Em análise dos dados sociodemográficos verificou-se uma mediana de 59,5 (43-68) anos, maior prevalência de mulheres (53,85), pardos (51,92), casados (55,77), com ensino fundamental completo (46,15) e que residiam na Grande Vitória (82,70). Com relação ao perfil clínico, a maioria dos pacientes internados estavam acima do peso (69,77), desses, a maioria possuía obesidade grau um (30,23). A respeito das doenças associadas metade da amostra possuía hipertensão arterial, 25% diabetes, 15,39% outras doenças cardiovasculares e alguma doença respiratória, 13,46% doenças metabólicas e 19,23% neoplasias. Dentre os sintomas da COVID-19 78,85% relataram febre, 73,07% tosse seca, 63,46% dor de cabeça, 65,38% dor no corpo, 44,23% apresentaram sintomas de gripe, a maioria relatou falta de ar (59,61) e cansaço (69,23). Com relação a dispneia do momento da avaliação 50% dos pacientes avaliados referiram dispneia significativa. Considerações finais: Diante do exposto, observou-se que a maioria dos pacientes internados estava acima do peso, além de grande parte possuir alguma doença associada, com destaque para a hipertensão arterial e diabetes, evidenciando a ideia de que indivíduos com comorbidades estão mais sujeitos a evoluírem para formas mais graves da doença, reforçando a necessidade de cuidados preventivos com a saúde, presentes principalmente na atenção básica. A respeito dos sintomas, observa-se uma importante prevalência de indivíduos com falta de ar, que ainda permanece próximo a alta hospitalar, cansaço e dores no corpo, sintomas altamente incapacitantes e que podem deixar sequelas funcionais nesses indivíduos, que necessitarão de um acompanhamento da equipe multidisciplinar de saúde mesmo após a internação.