Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Reestruturação do ensino em tempos de pandemia: dilemas e vivências a partir das metodologias síncronas, assíncronas e presenciais na formação médica.
Yan Luiz Nunes, Caroline Ramos Rangel Ferreira, Eduardo Govea Francisco, Yasmin Rabelo Viana, Carlos Eduardo Almeida de Oliveira, Ana Carolina de Morais, Elisa Rodrigues Manhães da Silva

Última alteração: 2022-01-24

Resumo


Apresentação

A pandemia de COVID chegou ao Brasil apenas em março de 2020, já como uma pandemia global que havia atingido vários continentes. Esse cenário levou a uma série de mudanças na sociedade, inclusive na rotina acadêmica de medicina. Nesse contexto, faculdades de medicina que utilizam metodologias de ensino com foco mais prático, como o PBL, apresentaram inúmeras dificuldades de transportar sua modalidade de ensino para uma aprendizagem síncrona e assíncrona em plataforma online, uma vez que sua grade era composta, em sua maioria, de uma carga horária prática presencial. Dessa forma, este relato busca por meio da experiência empírica dos autores avaliar os desafios e soluções vivenciadas. Esse trabalho tem como objetivo, relatar a experiência dos acadêmicos de medicina no cenário pandêmico, analisando a adaptação da universidade e do estudante frente as reestruturações nas metodologias de aprendizagem síncronas, assíncronas e presenciais.

Desenvolvimento:

Durante o ciclo básico, iniciado em 2021, vivenciamos a pandemia e junto dela novas metodologias ativas de ensino. Essas metodologias possuem um foco voltado, em sua maioria, para atividades práticas e grupos de discussão. No entanto, em tempos de pandemia, foi necessário adaptações utilizando tecnologias digitais, como a plataforma Zoom. Nesse sentido, as APGs (Atividade de Pequenos Grupos) eram realizadas nessa plataforma, em que a turma era dividida em grupos para realização das atividades, com o tutor alternando entre as salas. Nas atividades práticas de laboratório, o professor apresentava a matéria através de atlas 3D, imagens das lâminas histológicas, vídeo ensinando a aferir pressão arterial, por exemplo, e após a exposição do conteúdo, os estudantes eram divididos em subgrupos para a realização das atividades propostas. As palestras eram feitas online pelo Zoom e gravadas para disponibilidade dos alunos. Além disso, as provas eram realizadas na plataforma Canvas e Zoom simultaneamente com os professores monitorando os alunos através das câmeras abertas.

Resultados

As novas metodologias ativas de ensino em tempos de pandemia foram uma solução às restrições presenciais, uma vez que muitos estudantes puderam assistir as aulas, via plataforma Zoom, no conforto de suas casas e puderam otimizar melhor o horário de estudos. No entanto, é importante ponderar as dificuldades de conexão de rede, em que apresenta instabilidade de conexão, dificultando as discussões, a realização de atividades, as apresentações de trabalho e prejudicando a realização das provas online, por exemplo. Dessa forma, observa-se que a metodologia ativa online, mesmo com seus pontos positivos, não supriu a modalidade prática presencial que é necessária para o curso de Medicina.

Considerações finais

As novas metodologias de ensino na pandemia, aplicadas de forma online e de maneira emergencial, buscaram trazer ao máximo a realidade prática para o ambiente virtual. Entretanto, para o curso de Medicina, que exige um conhecimento prático bastante aprofundado, a tecnologia correspondeu parcialmente às necessidades existentes em comparação às práticas presenciais. Deve-se analisar, desse modo, estratégias para que as lacunas deixadas pela ausência das práticas presenciais sejam sucumbidas.