Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
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FRAGILIDADES PARA ADESÃO AO TRATAMENTO PELO PARCEIRO COM SÍFILIS: uma revisão integrativa
Última alteração: 2022-01-27
Resumo
APRESENTAÇÃO: A sífilis gestacional é uma infecção considerada um problema de saúde pública, transmitida principalmente por relações sexuais. Nesse sentido, é de extrema importância a participação do parceiro nas consultas de pré-natal para que se obtenha sucesso no tratamento da doença. Porém, a realidade que se observa são elevados números de homens contaminados com a doença e que não realizaram nenhum tipo de acompanhamento. Portanto, o objetivo deste estudo é identificar as fragilidades relacionadas ao tratamento dos parceiros sexuais de gestantes acometidas com a sífilis. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Realizou-se uma revisão integrativa, cuja busca foi realizada em janeiro de 2022, na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), no qual foram indexadas as bases de dados: BDENF, LILACS e MEDLINE. Utilizou-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCs): “Parceiros”, “Sífilis” e “Tratamento”, intercalados pelo operador booleano AND. Inicialmente foram encontrados 300 artigos. Os critérios de inclusão: texto completo, ser de língua portuguesa, inglesa ou espanhola e publicados no período de 2015 a 2021. Para análise dos estudos realizou-se uma leitura minuciosa, com o propósito de melhor descrever e sintetizar os resultados obtidos, o qual resultou em 9 artigos para compor os resultados da pesquisa. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: Os estudos mostram que o baixo nível de escolaridade, a falta de conhecimento sobre a doença, a importância da participação do pré-natal e a dor durante a administração do medicamento são os principais fatores que interferem na adesão ao tratamento da sífilis e contribuem para que esse público continue sendo exposto à doença. Associado a isso, os homens também apresentam resistências e sentimento de constrangimento e receio ao procurar os serviços de saúde, devido ao preconceito e estigma enraizado na sociedade, e esse fato se relaciona com a incipiência da efetividade de políticas públicas, que sempre foram excludentes em relação a saúde do homem. Por outro lado, ainda existem questões relacionadas aos serviços de saúde como a dificuldade de acesso a unidade básica, a falta de capacitação do profissional para a abordagem adequada dos parceiros, o diagnóstico tardio do casal, a falta do medicamento, dos profissionais da saúde para liberação da receita e dos testes rápidos para a sífilis e a demora dos serviços laboratoriais para a entrega do resultado do exame de VDRL. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nesse contexto, evidencia-se a importância das ações de enfermagem nas unidades básicas de saúde para a adesão do parceiro das gestantes durante o tratamento da sífilis e a inserção desse público nas consultas de pré-natal. Além disso, também se faz necessário a criação de políticas públicas que visem a inclusão da saúde do homem e reduzam a disseminação da sífilis