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Apresentação: As complicações oriundas da infecção pelo novo coronavírus, denominado COVID-19, possuem grande impacto na saúde dos indivíduos acometidos, muitas vezes, resultando em internação hospitalar. Com a evolução da fisiopatologia da doença diversos sistemas são afetados, principalmente o respiratório, gerando fadiga e dispneia, que aliados ao repouso ao leito e a imobilidade, característico de estadias prolongadas em hospitais, afetam a condição física e a funcionalidade da população acometida, podendo persistir mesmo após a alta hospitalar. Por essa razão, o objetivo desse estudo é avaliar a tolerância ao exercício e a força muscular respiratória de pacientes hospitalizados por COVID-19. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo observacional de corte transversal, realizado no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória, Espírito Santo. A amostra foi constituída por 50 pacientes (≥ 18 anos) diagnosticados com COVID-19 que deram entrada no hospital entre novembro de 2020 e junho de 2021. Para avaliação da população estudada foi realizada uma entrevista em até 48 horas antes da alta hospitalar, e constituiu-se de um questionário semiestruturado com informações sobre o perfil sociodemográfico (idade, sexo, raça).  Para avaliação da tolerância ao exercício aplicou-se o teste de sentar e levantar em um minuto (TSL) e para mensuração da força muscular respiratória utilizou-se um manuvacuômetro analógico, devidamente calibrado, para verificar a pressão expiratória máxima (Pemax) e pressão inspiratória máxima (Pimax). Os valores obtidos em ambos os testes, foram comparados aos padrões, de acordo com a faixa etária e sexo para a população brasileira, descritos na literatura. Os dados foram analisados de forma descritiva através de medidas de frequência, mediana e intervalo interquartil. Resultados: Em análise dos dados sociodemográficos verificou-se uma mediana de 59,5 (24-66,5) anos, maior prevalência de mulheres (54%) e pardos (52%). Em relação as variáveis de desfecho, observou-se redução da tolerância ao exercício em todos os pacientes avaliados, já na fraqueza muscular respiratória, metade da amostra apresentou fraqueza muscular inspiratória e maior parte (60%) obteve fraqueza muscular expiratória. Considerações finais: Foi possível identificar que todos os pacientes internados por covid-19 possuem a tolerância ao exercício reduzida e maior parte deles possuem fraqueza muscular respiratória, principalmente dos músculos expiratórios. Os achados reforçam a ideia de que a infecção por COVID-19 aliada a longos períodos de internação contribuem para a redução da funcionalidade dos indivíduos acometidos. Diante disso, observa-se a importância de cuidados preventivos, no momento da internação para esta população, além da necessidade de um acompanhamento multidisciplinar voltado para reabilitação, mesmo após a alta hospitalar.