APRESENTAÇÃO: No Brasil, a detecção da sífilis congênita (SC) além de ser considerada um problema de saúde pública é um indicador importante para a redução da mortalidade infantil. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que a maioria das gestantes com a doença apresentam como complicações morte fetal ou aborto espontâneo, além de causar nos recém-nascido baixo peso ao nascer e/ou infecção grave. Tendo em vista tal panorama, este estudo tem como objetivo analisar a atuação do enfermeiro na prevenção e tratamento deste agravo. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Realizou-se uma revisão de literatura nas bases de dados BDENF, LILACS e MEDLINE, utilizando os descritores: Sífilis Congênita, Enfermagem e Recém-Nascido, e operador booleano AND. Como critérios de inclusão adotou-se: texto completo, ser de língua portuguesa, inglesa ou espanhola e publicados no período de 2015 a 2021. Obteve-se uma amostra final de 17 publicações. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: Apesar de ser uma doença com diagnóstico e tratamentos bem consolidados, os estudos demonstram que a incidência e prevalência da doença esteja vinculada as limitações nas ações de saúde, sendo essencial a atuação do enfermeiro. Se faz necessário ofertar um cuidado diferenciado e integral ao RN com SC, devido a sua propensão à outras infecções, uma vez que não possuem imunidade e nem autonomia para lidar com tal agravo de forma independente, além de ampliar o cuidado à puérpera e ao pai. Como forma de prevenção da doença, é importante que haja qualidade da assistência no pré-natal, por meio da detecção precoce da doença; na capacitação dos profissionais de saúde para melhor manejo da sífilis gestacional; e, nas ações de educação em saúde que abordem as principais informações da doença utilizando tecnologias educativas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esse cenário evidencia o papel importante do profissional de enfermagem no cuidado com o RN acometido com sífilis, por meio da prestação de assistência que demanda sensibilidade e comprometimento com a saúde do RN. Além disso, é importante que a enfermagem realize ações de educação em saúde para incentivar a participação das gestantes nas consultas de pré-natal com o objetivo de reduzir os casos da doença na mãe e no RN. Destaca-se ainda a necessidade de mais estudos sobre o tema para que se possa desenvolver protocolos de atenção à saúde do RN, subsidiando as práticas da enfermagem.