Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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ESCALA COELHO E SAVASSI COMO ESTRATÉGIA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DAS FAMÍLIAS DE UMA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
MARISA ARAUJO COSTA, Ana Helia de Lima Sardinha, Samia Amelia Mendes da Silva, Kameny Santos Franco, Pammela Weryka da Silva Santos, Raquel Ferreira Coelho, Joana Karla Dias Moura

Última alteração: 2022-01-30

Resumo


Apresentação e objetivos:  A classificação de risco das famílias da área de abrangência da eSF, tem como objetivos reconhecer melhor a população e identificar fatores de risco que interferem na saúde desta população. Fatores de riscos são condições ou aspectos biológicos, psicológicos ou sociais que estão associados, estatisticamente, a maiores probabilidades futuras de mortalidade ou morbidade. Foi utilizado para classificação a Escala de Coelho e Savassi e possível identificar   as famílias de risco, as principais sentinelas que predominam no território e o potencial de adoecimento de cada núcleo familiar. Os objetivos deste relato de experiência é relatar o percurso para aplicação da escala de coelho e savassi em 100% das famílias cadastradas em uma UBSF do município de Caxias Maranhão e os ganhos proporcionados com esta experiência. Métodos: o trabalho iniciou-se com o estudo da escala pela equipe da UBSF São Francisco e  dos residentes em saúde da família (UEMA), que estão inseridos na UBSF em seu processo de formação. A equipe 1 é composta por um médico, uma enfermeira, 1 cirurgiã-dentista e 1 ASB, 6 ACS, 4 téc de enfermagem, uma recepcionista, 1 AOSD, 3 vigias. As residentes (nutricionista, fisioterapeuta e enfermeira) junta com a enfermeira da equipe e preceptora da residência, proporcionaram a oficina sobre a Escala para os membros da equipe. Foram discutidas todas as sentinelas da ferramenta utilizada. Em seguida os ACS através das fichas de cadastro familiar e individual, conseguiam aplicar a Escala de Coelho e Savassi para cada família cadastrada. As residentes e a enfermeira da equipe acompanharam o processo de aplicação da escala. A escala é composta por treze sentinelas de risco selecionadas por sua relevância epidemiológica, sanitária e pelo potencial de impacto na dinâmica familiar. O risco é determinado através de uma pontuação adquirida ao ser aplicada a escala, seguindo a seguinte sequência: de 0 a 4 pontos são as famílias consideradas sem risco; de 5 a 6 pontos são as famílias R1, ou de risco menor; de 7 a 8 pontos são as famílias R2 ou risco médio, e por último a partir de 9 pontos são as famílias R3 ou risco máximo.. A classificação de risco é feita no mesmo período do cadastro familiar e a atualização deve ser anual ou sempre que houver uma mudança significativa da situação familiar. Resultados: Atualmente a equipe I da ESF São Francisco tem 97 famílias classificadas como risco 3, 114 risco 2  , 196 famílias de risco 1  e 266 sem risco em um total de  673 cadastros familiares. O estudo da escala ocorreu em abril de 2021, assim como a primeira Classificação das famílias cadastradas.

Conclusões: o reconhecimento e identificação de fatores de risco ajuda os ACS a se organizarem para suas visitas domiciliares. Também é importante o diagnóstico situacional da população adscrita à eSF e identificar as sentinelas mais comuns ajuda na elaboaração de atividades baseadas nas necessidades da população.