Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2022-01-30
Resumo
Apresentação e objetivos: A classificação de risco das famílias da área de abrangência da eSF, tem como objetivos reconhecer melhor a população e identificar fatores de risco que interferem na saúde desta população. Fatores de riscos são condições ou aspectos biológicos, psicológicos ou sociais que estão associados, estatisticamente, a maiores probabilidades futuras de mortalidade ou morbidade. Foi utilizado para classificação a Escala de Coelho e Savassi e possível identificar as famílias de risco, as principais sentinelas que predominam no território e o potencial de adoecimento de cada núcleo familiar. Os objetivos deste relato de experiência é relatar o percurso para aplicação da escala de coelho e savassi em 100% das famílias cadastradas em uma UBSF do município de Caxias Maranhão e os ganhos proporcionados com esta experiência. Métodos: o trabalho iniciou-se com o estudo da escala pela equipe da UBSF São Francisco e dos residentes em saúde da família (UEMA), que estão inseridos na UBSF em seu processo de formação. A equipe 1 é composta por um médico, uma enfermeira, 1 cirurgiã-dentista e 1 ASB, 6 ACS, 4 téc de enfermagem, uma recepcionista, 1 AOSD, 3 vigias. As residentes (nutricionista, fisioterapeuta e enfermeira) junta com a enfermeira da equipe e preceptora da residência, proporcionaram a oficina sobre a Escala para os membros da equipe. Foram discutidas todas as sentinelas da ferramenta utilizada. Em seguida os ACS através das fichas de cadastro familiar e individual, conseguiam aplicar a Escala de Coelho e Savassi para cada família cadastrada. As residentes e a enfermeira da equipe acompanharam o processo de aplicação da escala. A escala é composta por treze sentinelas de risco selecionadas por sua relevância epidemiológica, sanitária e pelo potencial de impacto na dinâmica familiar. O risco é determinado através de uma pontuação adquirida ao ser aplicada a escala, seguindo a seguinte sequência: de 0 a 4 pontos são as famílias consideradas sem risco; de 5 a 6 pontos são as famílias R1, ou de risco menor; de 7 a 8 pontos são as famílias R2 ou risco médio, e por último a partir de 9 pontos são as famílias R3 ou risco máximo.. A classificação de risco é feita no mesmo período do cadastro familiar e a atualização deve ser anual ou sempre que houver uma mudança significativa da situação familiar. Resultados: Atualmente a equipe I da ESF São Francisco tem 97 famílias classificadas como risco 3, 114 risco 2 , 196 famílias de risco 1 e 266 sem risco em um total de 673 cadastros familiares. O estudo da escala ocorreu em abril de 2021, assim como a primeira Classificação das famílias cadastradas.
Conclusões: o reconhecimento e identificação de fatores de risco ajuda os ACS a se organizarem para suas visitas domiciliares. Também é importante o diagnóstico situacional da população adscrita à eSF e identificar as sentinelas mais comuns ajuda na elaboaração de atividades baseadas nas necessidades da população.