Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2022-01-27
Resumo
Apresentação: A anemia caracteriza-se pela carência da quantidade de hemoglobina no sangue, tal patologia é classificada em diferentes tipos, sendo um deles a Anemia Hemolítica (AH). A AH é considerada uma enfermidade rara, cuja característica é a presença de autoanticorpos, os quais se ligam aos eritrócitos e diminuem o tempo de sobrevida dessas células. Este é um dos achados autoimunes mais comuns no homem e, ainda sim, suas causas permanecem desconhecidas. No Brasil, entre os anos de 2010 e 2019, foram registrados 1664 óbitos por AH, onde o maior público foi o sexo feminino, brancos e residentes da região sudeste no país. Objetiva-se descrever a experiência da aplicação da sistematização da assistência de enfermagem a uma criança com Anemia Hemolítica Adquirida. Desenvolvimento: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência. A experiência ocorreu na prática hospitalar da atividade curricular semi-internato de pediatria, em dezembro de 2021. Inicialmente, fez-se uma visita nas enfermarias, onde as estudantes tiveram um diálogo com a responsável da criança. A mesma relatou que os primeiros sintomas apresentados pela criança deu-se através da percepção no atraso do desenvolvimento ponderal, estrutural e na mudança da coloração da urina, onde, segundo a mãe, a urina estava na cor escura e o aspecto da pele amarelada. Após conversa, foi feito o exame clínico e análise dos registros de prontuários para identificar as principais necessidades da criança e categorizar os problemas encontrados. A partir disso, utilizando-se das etapas do Processo de Enfermagem (PE), escolheu-se os Diagnósticos de Enfermagem (DE), seguindo o North American Nursing Diagnoses Association (NANDA), para melhor interpretação e agrupamento dos dados, norteando a etapa do Planejamento de Enfermagem, para a definição dos resultados. Resultados: Elencou-se os principais DE: atraso no desenvolvimento infantil, risco para infecção e integridade da pele prejudicada. O primeiro diagnóstico é evidenciado por conta do desenvolvimento abaixo do esperado para a idade, dentre as principais intervenções de enfermagem, temos: realizar o encaminhamento da criança para o nutricionista e/ou nutrólogo e orientar em relação aos horários da dieta e a importância de segui-la. O segundo evidencia-se pelos riscos de a criança desenvolver outras doenças e infecções relacionadas à assistência à saúde, como intervenção temos: avaliar sinais flogísticos na inserção do cateter venoso periférico, orientar a importância de ingerir líquidos e administrar os medicamentos nos horários. O terceiro e último é evidenciado pela hipóxia tissular da pele, causada pela deformidade das hemácias, acarretando em alterações no endotélio vascular, como intervenções: manter a pele limpa e seca, avaliar a pele quanto à cor e a textura e realizar hidratação da pele. Considerações Finais: Com isso, é notório que o PE e a SAE contribuem para organizar o cuidado e reduzir os índices de complicações. Bem como é evidente que o cuidado prestado à criança com AH perpassa pela elucidação do cuidador/responsável em relação às principais necessidades da mesma. O enfermeiro tem um papel primordial na assistência, onde é necessário que o mesmo realize todo o processo de enfermagem visando a melhoria do quadro da criança.