Apresentação: A morte de um paciente pediátrico pode ser considerada um evento potencialmente traumático para os profissionais envolvidos, frequentemente os enfermeiros. Durante sua prática profissional, acadêmica ou docente, a enfermagem visualiza, de forma constante, situações de morte na área pediátrica. Propõe-se identificar na literatura impactos das experiências vivenciadas na pratica diária de enfermagem diante da morte do paciente pediátrico e discutir suas questões. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de uma revisão integrativa na biblioteca virtual de saúde (BVS), referente aos impactos que os enfermeiros sofrem diante da morte do paciente pediátrico. Foram selecionados oito artigos das bases de dados LILACS, BDENF, MEDLINE e INDEX PSICOLOGIA. Resultados: Constatou-se que os profissionais de saúde sofrem desgaste emocional diante da experiência da morte pediátrica e da dificuldade de lidar com o paciente e sua família, fatos que se associam com o método de ensino tradicional utilizado na formação destes. Como consequência, a enfermagem desencadeia mecanismos de enfrentamento para lidar com estes acontecimentos que trazem impactos a sua qualidade de vida. Observou-se que com a ocorrência de morte do paciente, os profissionais desenvolvem entre outros sentimentos, sensação de insucesso, tristeza e angustia, além de sentimento de impotência. A reação dos enfermeiros está fortemente relacionada ao despreparo das instituições de formação, evidenciando a necessidade de maior atenção acerca da temática. Considerações finais: O processo de morte de paciente pediátrico é uma situação extremamente delicada e dolorosa tanto pra família, quanto para os profissionais que lidam diariamente com a situação e que requer muita cautela e sensibilidade. Portanto, é indispensável fornecer educação permanente à equipe de enfermagem, visando um processo com menos angústia e sofrimento, fazendo com que o trabalho possa fluir de forma menos traumática, mais humanizada e efetiva. Ademais, é importante investir em uma rede de apoio institucional de suporte aos profissionais, principalmente nos momentos em que é preciso lidar com a morte.