Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
Tamanho da fonte: 
A FARMACOTERAPIA E O PARADIGMA COMO TRATAMENTO ÚNICO DE TRANSTORNOS MENTAIS.
Bruno Raphael da Silva Feitosa, Mayra Loreanne Nascimento Corrêa, Ana Cláudia Paiva Cardoso, Rebeca Góes Gonçalves, Carollyne Prata Dos Santos, Lucas dos Santos Nunes, Bruna Da Silva Leão, José Luís Da Cunha Pena

Última alteração: 2022-01-24

Resumo


APRESENTAÇÃO: A farmacoterapia é um recurso terapêutico em Psiquiatria considerada pelos usuários, como a única “solução” para a sintomatologia de transtornos psiquiátricos. A partir disso, o objetivo deste estudo foi catalogar os medicamentos mais utilizados em um ambulatório de Psiquiatria em uma cidade da Amazônia. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de um estudo documental com abordagem quantitativa, realizado em um ambulatório de Psiquiatria na capital do Amapá, durante o período de agosto de 2021, no qual foram utilizados 23 prontuários para a análise das medicações prescritas, cedidos pela equipe de funcionários do local.  RESULTADOS E/OU IMPACTOS: A partir da análise documental, obteve-se que a principal intervenção frente aos transtornos psiquiátricos atendidos no local era a monoterapia a partir de psicofármacos. Dessa forma, foi encontrado que 40% das medicações prescritas eram antidepressivos, principalmente os do grupo Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), como a fluoxetina. A seguir, 30% eram ansiolíticos, responsáveis por efeitos sedativos e relaxantes musculares, pois inibem a função neuronal pela ativação do sistema GABA. Por fim, os outros 30% eram de neurolépticos, que reduzem sintomas psicóticos e motores, a partir do bloqueio da transmissão de dopamina no cérebro. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar de ainda ser um dos focos na assistência psiquiátrica, as medicações não devem ser a única medida de tratamento, pois carregam vários efeitos indesejáveis que prejudicam a qualidade de vida do paciente, como tremor das mãos, anorexia e perda de libido, entre outros. Em vista disso, as outras terapias como a psicoterapia precisam ser trabalhadas dentro de um projeto terapêutico singular, em que a medicação seja de caráter complementar, pois, além dos efeitos colaterais, o uso prolongado dessas substâncias pode desencadear sinais de dependência química.