Introdução: A síndrome do desconforto respiratório (SDR) em neonatos, ocorre quando há um desbalanceamento no fornecimento do surfactante pulmonar, devido à extrema prematuridade dos pulmões, causando atelectasia alveolar, lesão celular e edema. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a prematuridade extrema é definida pelo nascimento do neonato com menos de 28 semanas de gestação. Objetivo: Evidenciar os cuidados na SDR em neonatos com prematuridade ao extremo. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência realizado em uma UTI neonatal de um hospital de referência do Oeste do Pará, no período de setembro de 2021, durante as práticas de estágio. Os dados foram coletados no sistema de prontuário eletrônico Tasy e o exame físico observado. Em seguida, foi realizada uma busca de artigos nas bases de dados Scielo (Scientific Library Online), Pubmed e Google Acadêmico. Resultados e Discussão: Recém-nascido (RN) nascido de 27 semanas, em decorrência de rotura prematura da membrana (ROPREMA), de parto cesariano de urgência, apgar 2/6, hipotônico, cianótico e sem choro, feito ventilação por pressão positiva, evoluiu para intubação orotraqueal, levado para UTI neonatal, apresentou dessaturação com bradicardia, evolui para uma parada cardiorrespiratória, feito massagem sem uso de drogas, FC chegou a 56 bpm, feito cateter venoso umbilical com surfactante, onde teve melhora significativa, FC: 136 bpm, SPO2 98%. Com base na experiência relatada, os cuidados multiprofissionais intensivos ao RN foram imprescindíveis, visto que, é uma chance de garantir uma sobrevida para o paciente e evitar agravamentos das complicações adquiridas em decorrência da prematuridade ao extremo. Dentre os cuidados observados podemos destacar a fototerapia, berço aquecido, oxigenação invasiva por tubo orotraqueal em seguida VNI por pronga, nutrição parenteral, mudança de decúbito de duas em duas horas, monitorização dos parâmetros respiratórios e movimentação do RN somente em caso de urgência para evitar o gasto de energia, antibioticoterapia, uso do surfactante para evitar colabamento do pulmão melhorando a respiração. Considerações finais: Considerando que o maior índice de admissão dento da unidade de terapia intensiva neonatal é a prematuridade, a equipe multiprofissional deve estar capacitada para ofertar cuidados especializados e de qualidade aos neonatos de risco. Vale ressaltar, que todo e qualquer cuidado realizado ao paciente visa à melhora e recuperação imediata do neonato dentro da unidade especializada. Dessa forma, é imprescindível que toda a equipe multiprofissional trabalhe em conjunto de forma humanizada, enfatizando o cuidado de enfermagem através da sistematização da assistência de enfermagem a fim de promover um cuidado integralizado e humanizado ao RN com síndrome do desconforto respiratório.

Palavras-chave: Prematuridade; SDR; Cuidado.