Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Informação e comunicação para a prevenção e controle da COVID-19: percepção de usuários(as) da Atenção Primária à Saúde em municípios do Rio Grande do Sul
GRACE HELENA ZARO, STELA NAZARETH MENEGHEL, MAURICIO POLIDORO

Última alteração: 2022-01-19

Resumo


As Iinformações contraditórias que foram propagadas durante a pandemia de Covid 19 e a disseminação de wrong e fake news estabeleceram os principais desafios às medidas de prevenção. Ocorreu uma infodemia caracterizada pelo excesso de informações que tornou difícil identificar fontes idôneas e orientações confiáveis. Objetivo: Avaliar a percepção de usuários(as) em territórios de abrangência da APS em relação às informações sobre a prevenção da COVID-19  veiculadas pelas mídias, profissionais de saúde, comunidade e redes sociais. Método: Estudo epidemiológico transversal de base populacional.  Amostra constituída por 655 usuários de serviços de APS, adscritos à unidade de saúde. Foram aplicados questionários através da plataforma Google forms a usuários(as) de 8 municípios de pequeno e médio porte do Rio Grande do Sul: Canoas, Caxias do Sul, Estrela, Lajeado, Marau e Novo Hamburgo, Paraíso do Sul e Venâncio Aires. O perfil sociodemográfico da amostra foi constituído por 69,3% (n= 454) mulheres e 30,7% (n=201) homens;  a raça­/cor, em sua maioria, foi declarada branca representando 75,1% (n=492), negros 21,1% (n=151), indígenas 1,1% (n=7) e amarela 0,8% (n=5). Os níveis de escolaridade mais frequentes foram ensino médio 29,9% (n=196), fundamental incompleto 26,1% (n=171) e fundamental com 15% (n=98). Resultados: Foram entrevistados 655 usuários(as).  Destes, 56,2% (n=655) relataram ter recebido informações referentes a isolamento social total, lavagem frequente das mãos, uso de álcool gel, isolamento parcial e uso de máscara para sair de casa. Em relação às fontes de informação consultadas, 82,3% (n=262) sinalizaram estar muito bem informados pelos profissionais de saúde do território, 19,75% (n=129) referiram as mídias (TV, rádio, jornal); 6,3% (n=41) citaram a comunidade (igreja, amigos e vizinhança). As redes sociais (Facebook, WhatsApp e Instagram) foram as fontes de informação mais referidas como geradoras de informação não confiável: 37,2% (n=244). Após a aplicação do teste Qui-quadrado observou-se significância estatística (<0,0001 ) em relação à informação gerada pelas diferentes fontes. Conclui-se, a potência e confiabilidade referida pela população aos profissionais de saúde na divulgação de orientações em relação às medidas para enfrentamento da epidemia de COVID-19.O presente estudo, permite compreender qual o grau de credibilidade que usuários(as) atribuem as informações circulantes. Para o setor saúde, é evidente a necessidade de incorporar as mídias sociais na difusão de orientações médico-científicas aos usuários(as) na área de abrangência da atenção primária, considerando o alto grau de credibilidade que os profissionais possuem junto à população.