Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DO SANITARISTA PARA O ENFRENTAMENTO DE CRISES SANITÁRIAS
Paula Beatriz de Souza Mendonça, Juliana Pontes Soares, Janete Lima de Castro

Última alteração: 2022-01-21

Resumo


A formação de recursos humanos em saúde é um assunto discutido mundialmente, dada a importância de ter profissionais capacitados para o enfrentamento das crises sanitárias vivenciadas diuturnamente. A formação de sanitarista no Brasil teve início em 1925 para o profissional médico em nível de pós-graduação lato sensu em higiene ou Saúde Pública para o combate às doenças infectocontagiosas e epidêmicas. A partir de 1960 outros profissionais da saúde como enfermeiros, farmacêuticos, veterinários e engenheiros puderam se especializar nessa área de conhecimento. Em 1970, foram criados os cursos de pós-graduação stricto sensu para a formação de sanitaristas nas subáreas da epidemiologia, gestão em saúde e políticas públicas. Em 2008, esta formação é realizada a partir da graduação de bacharéis em Saúde Coletiva. Desde 1979, no âmbito científico, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) desenvolve discussões, congressos, eventos e Fóruns sobre a Saúde Coletiva que envolve a comunidade científica desta formação nas instâncias da graduação, pós-graduação e de pesquisadores. Objetivo: Descrever como é realizada a integração da formação do sanitarista no Brasil no âmbito da Abrasco para o enfrentamento de crises sanitárias. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem documental sobre a temática formação do sanitarista no Brasil no enfrentamento de crises sanitárias. Foram selecionados entre os dias 09 e 10 de junho de 2021 documentos, relatórios de reuniões e notícias disponibilizadas eletronicamente no site https://www.abrasco.org.br/site/categoria/foruns-comissoes-comites-e-grupos/ da Abrasco relacionados à formação do sanitarista e as ações realizadas pela comunidade científica para o enfrentamento de crises sanitárias. Resultados: Foram identificados 88 programas de pós-graduação stricto sensu em Saúde Coletiva que participam do Fórum de Coordenadores de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Abrasco. Dos 24 cursos de graduação em Saúde Coletiva existentes no Brasil 18 participam ativamente do Fórum de Graduação em Saúde Coletiva. Nos Fóruns são discutidos assuntos sobre os avanços da formação e proposições da graduação, pós-graduação e das pesquisas desenvolvidas no campo de conhecimento da Saúde Coletiva, constituindo ambiente que traz a interação de participantes de todo o Brasil. Historicamente a formação de sanitaristas têm contribuído para o conhecimento técnico e científico do processo saúde/doença com atuação direta no enfrentamento de crises sanitárias. No atual cenário da Covid-19, estes profissionais estão integrando o Ministério da Saúde e a gestão de secretarias municipais e estaduais na proposição de estratégias de planejamento, promoção e avaliação das ações de saúde para o enfrentamento da pandemia. Foram identificadas inúmeras atividades de pesquisas, congressos, seminários, marchas virtuais, notas técnicas e de forma expressiva foi lançado o manifesto “Frente pela vida” que reuniu de forma virtual entidades da sociedade civil em defesa da democracia, da ciência e do Sistema Único de Saúde (SUS). Considerações finais: É evidenciada de forma enfática a contribuição e importância do sanitarista em todas as instâncias de formação para o enfrentamento de crises sanitárias ao longo da temporalidade, na execução de ações em defesa da vida e do acesso à saúde.