Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Perfil de usuários atendidos por teleconsulta de enfermagem em uma universidade federal
Laura Ferreira Peixoto Lima, Marcela de Abreu Moniz, Ariadne Gomes da Costa Magalhães, Carolina de Alcantara Campos, Gisele de Lima Neves, Isabelle Vieira Silva de Souza, Luyara Rosa da Silva, Núria Suiane dos Santos Soares

Última alteração: 2022-02-03

Resumo


As teleconsultas têm se mostrado ferramentas úteis para a manutenção do cuidado integral à saúde durante a pandemia, uma vez que, as altas taxas de incidência e mortalidade por COVID-19 no território brasileiro prevêem a adoção de estratégias assistenciais e de ensino que promovam segurança e redução de riscos à saúde de toda população. Este trabalho tem o objetivo de identificar o perfil dos usuários atendidos por teleconsulta vinculada ao consultório de enfermagem de uma Universidade Federal no interior do estado do Rio de Janeiro. Foram realizadas consultas remotas realizadas por docentes e discentes de um curso de graduação em Enfermagem e enfermeira de uma universidade federal. Foram ofertadas as teleconsultas nas áreas de Saúde sexual e reprodutiva, Intervenção breve para risco de uso de drogas, mulher em amamentação e Hipertensão e diabetes, conforme protocolos e preceitos éticos e legais da enfermagem. A obtenção de dados  se deu por meio de  formulário geral online gerado no google forms aplicado aos participantes antes da realização das teleconsultas no período   de 1° de março de 2021 a 30 de dezembro de 2021. A amostra foi composta por 13 usuárias de teleconsultas de enfermagem, sendo 100% do sexo feminino  com idade entre 21 a 50 anos e média de 32,7 anos. Quanto à orientação sexual, 73% declararam ser heterossexuais, e  46% informaram ser casadas. Em relação à cor autodeclarada, 46% eram da cor branca,  23% pardas e 23% pretas. A grande maioria dos respondentes apresentaram ensino médio completo (38%) e faixa de renda mensal de até 2 salários mínimos (69%). Quanto a demanda de procura do tipo de teleconsulta de enfermagem, notou-se que 38% foram para consulta em aleitamento materno, 31% para  saúde sexual e reprodutiva, 23% para intervenção breve em uso de drogas  e 8% para pessoa com diabetes e hipertensão. A maior parte (77%) das participantes era da comunidade externa à universidade. As mídias sociais e o contato com amigos/familiares foram os meios de comunicação para conhecer e receber indicação de procura pelo serviço, apenas uma usuária informou ter recebido informação pela comunidade acadêmica. O perfil identificado nesse estudo mostra que mulheres jovens adultas buscaram o serviço de teleconsulta como alternativa de assistência à saúde em atenção primária, por acesso a dispositivos e meios digitais. Houve dificuldades de alcance da comunidade da própria universidade, embora o serviço tenha sido direcionado principalmente a este público por meio de divulgação por redes sociais, aplicativos de mensagens instantâneas e canais da universidade por meio de redes sociais e e-mails. Há que se repensar em outras estratégias para alcance e interesse da comunidade acadêmica e administrativa da universidade mediante evidências sobre a necessidade de continuidade na oferta de ações de cuidado à saúde para este público, frente ainda aos desafios de aplicabilidade da medida de distanciamento social e redução da demanda presencial para evitar sobrecarga aos serviços de saúde devido à epidemia de COVID-19.