Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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ATENÇÃO DOMICILIAR NO SUS: DESAFIOS DA GESTÃO DA CLINICA AMPLIADA
Estefânia Corrêa Borela, Vânia Maria Fighera Olivo

Última alteração: 2022-01-21

Resumo


A atenção básica à saúde (AB) é a porta de entrada no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), caracterizando-se por coordenar e ordenar a Rede de Atenção à Saúde (RAS). Têm como seus pilares a longitudinalidade do cuidado e a resolutividade, cuja capacidade de solução pode alcançar até 80% das questões que emergem nos territórios. Assim, encontra na visita domiciliar um dos veículos da sua materialização quando convoca um trabalho de base interdisciplinar-intersetoriale interprofissional à  buscarem respostas cada vez mais adequadas as diferentes necessidades da comunidade. Assim, o objetivo deste trabalho é relatar acerca da importância da atenção domiciliar evidenciando a necessidade da gestão clinica ampliada no território. Como metodologia, optou-se por um relato de experiência a partir da vivência de Residentes de programas de formação multiprofissional, atuando na Atenção Basica em uma equipe de Atenção Primaria (eAP) e uma equipe de Saúde da Família (eSF), de maio a dezembro de 2021. Para tanto, os dados deste estudo são decorrentes de ações desenvolvidas junto às comunidades de referência dos territórios de abrangência dos serviços referidos. A análise crítico-reflexiva da vivência permite identificar os seguintes resultados: o trabalho sob a ótica multidisciplinar encontra na AD uma possibilidade ampliada e mais humanizada de cuidado, podendo ser realizada por todos os trabalhadores da saúde de modo integrado e colaborativo. Tem na utilização das tecnologias leves – escuta, acolhimento, empatia, entre outras estratégias -, sua grande potencialidade na qualificação dos processos de trabalho, haja visto que permite um cuidado diferenciado da equipe com os usupários do SUS em seus locais de vivencia. Nesse sentido, a AD possibilita uma compreensão profunda acerca do modo de vida dos usuários, podendo construer Projetos Terapêuticos mas singulars, e que estejam em consonância com as necessidade e possibilidades terapeuticas da familia e comunidade, fortalecendo os processos de cuidado e modificando a perspectiva cartesiana de assistência na saúde. Como considerações finais, a vivencia permitiu melhor compreender a complexidade que envolve as diferentes estratégias de intervenção no contexto da AB, tendo um território muito fertil para o desenvolvimento de ações no âmbito da atenção domiciliar, articulando processos que, por sua vez, são capazes de catalisar atos que auxiliem na arquitetura de um cuidado em saúde empoderador e que vislumbre a autonomia dos sujeitos envolvidos.