Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Condições de saúde e autoestima de idosos usuários da Estratégia Saúde da Família
José Maria Ximenes Guimarães, Ednaiane Priscila de Andrade Amorim, Geanne Maria Costa Torres, Mariana Francelino Sampaio, Maria Claudia de Freitas Lima, Carlos Garcia Filho

Última alteração: 2022-01-24

Resumo


O envelhecimento populacional é um dos acontecimentos, mais relevantes, da sociedade atual. Em 2050, cerca de 1,5 bilhão de pessoas no mundo terão 65 anos ou mais, correspondendo a aproximadamente 16% da população. Diante disso, as ações de saúde deverão primar pela promoção do envelhecimento saudável e pela autonomia do idoso. Nesse contexto, a autoestima constitui-se um agente importante no processo de envelhecer, sendo considerada como a avaliação subjetiva que faz de si e a maneira de ser, segundo a qual o indivíduo tem ideias positivas ou negativas sobre si mesmo, o que tem impacto nas práticas de autocuidado e de saúde. Desse modo, mostra-se pertinente que profissionais da estratégia Saúde da Família (ESF) compreendam a autoestima e os aspectos que a influenciam como dimensão dos processos de cuidado em saúde, com vistas a promoção da saúde do idoso e a prevenção de agravos, na perspectiva da integralidade. Tem-se por objetivo avaliar a autoestima de idosos usuários da estratégia saúde da família, considerando as condições de saúde autorreferidas.  Trata-se estudo transversal realizado com 116 idosos do município de pequeno porte do interior do Ceará, atendidos nas unidades básicas de saúde localizadas na zona urbana. A amostra foi selecionada por conveniência. Para coleta de dados, foi utilizado um questionário com variáveis sociodemográficas e de percepção de saúde autorreferida, além da Escala de Autoestima de Rosenberg. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Foram respeitados os aspectos éticos da pesquisa com seres humanos, conforme a Resolução 466/2012. Identificou-se predominância de mulheres (62,1%), pessoas casadas (50%), aposentadas (93,1%), analfabetas ou com ensino médio incompleto (44%), residem acompanhadas (73,3%), professam prática religiosa (91,4%) e com baixa renda anual (menos de $3,200). A média da idade foi de 75,1 anos. Em relação às condições de saúde, praticam atividade física (34,55%), fazem uso continuo de medicamentos (88,8%), sofreu queda nos últimos três meses (8,6%). O valor da mediana dos escores na Escala de Rosemberg foi de 26 (autoestima média). Entre os casados (p=0.016) e aqueles que não referiram queda nos últimos três meses (p=0.013) houve maior escores de autoestima. Conclui-se que as características sociodemográficas - como estado civil, e condições de saúde – não ter sofrido queda nos últimos três meses, influenciaram a autoestima dos idosos usuários da estratégia saúde da família. Os resultados apontam para importância do desenvolvimento de ações voltadas à prevenção de quedas por parte das equipes de saúde.