A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença crônica infecciosa e um dos maiores problemas mundiais de saúde. Essa patologia possui como agente causador o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), um retrovírus que agride as células específicas do sistema imunológico, responsáveis por proteger o organismo de doenças deixando o indivíduo indefeso, e por consequência, quanto menor estiver o nível dessas células, maior é o risco do indivíduo de desenvolver a AIDS. E, dessa forma, possuir o vírus HIV positivo não significa ter AIDS, a qual caracteriza-se por promover uma imunossupressão profunda no organismo, favorecendo o aparecimento de infecções oportunistas e tumores malignos, bem como a perda de peso e ainda a degeneração do sistema nervoso central. Neste contexto assistencial a equipe de enfermagem tem grande importância no cuidado direto às puérperas. A enfermagem é a responsável por orientar sua equipe para que esta desempenhe com êxito tais cuidados. Nota-se que tal assistência, é imprescindível para que possam se sentir acolhidas e tratadas de forma adequada, bem como obter êxito na melhora de seu quadro. Desse modo, observa-se que assistir à puérpera se torna difícil não somente por tudo que envolve esta condição, ou seja, viver com HIV/AIDS, mas principalmente por elas encontrarem dificuldades que englobam questões emocionais, sociais e éticas. Com isso, podemos perceber que cada mulher que se encontra nesta situação deve ser tratada de forma integral e individualizada para que suas expectativas e necessidades possam ser atendidas adequadamente. Com isso, objetiva-se relatar a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) a uma puérpera portadora de HIV/AIDS. Tal vivência pôde ser relatada por meio de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. Este foi desenvolvido em prática hospitalar da atividade de semi-internato em obstetrícia, no período de janeiro de 2022, em um hospital público do município de Belém, no estado do Pará, em uma ala ambulatorial destinada à puérperas.  A construção deste resumo ocorreu em dois momentos: Primeiramente, na assistência ao puerpério, elencando os seguintes pontos: Histórico pessoal e Anamnese. Posteriormente, ocorreu a análise pelas acadêmicas dos registros do prontuário, a fim de identificar as principais necessidades assistenciais da paciente. E para isso, foram utilizados como parâmetros para definição do diagnóstico de enfermagem, a North Diagnosis Association - International ( NANDA-I), e a Nursing Interventions Classification (NIC) para a assistência de enfermagem. Histórico: Paciente puérpera tardia em 13° POC, Tercigesta, 34 anos, negra, dona de casa, procedente de município do Acará, no estado do Pará, acompanhada de seu marido,  admitida em 29/12/2021 em setor ambulatorial, consciente, orientada, calma, comunicativa, respirando em ar ambiente, encontra-se em repouso no leito, eupneica, anictérica, acianótica, afebril. Problema ativo: CID 10- Z21 Estado de infecção assintomática pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). AGO: Realização de 6 consultas de Enfermagem, 6 consultas médicas e 4 de nutrição, realizou PCCU, pré-natal realizado no município de Belém, vacinação completa, realizou imunização para covid-19 em 2 doses. Exame físico: Pele hipocorada com aspecto seco, normocorada, mamas simétricas, flácidas, não desenvolvidas para amamentação por uso de Cabergolina 0,5mg em 2 comprimidos durante o parto (SIC), mamilos planos, levemente ressecados. Abdome: Globoso, processo de involução uterina não palpável, loquiação fisiológica alba (vermelha) em pouca quantidade. NHB: Diurese presente, evacuação presente. SSVV: PA: 110 X 70 mmhg, 54 bpm, 25 rpm. Resultados: Diante do quadro clínico (Quadro 1) apresentado foram traçados os seguintes diagnósticos de enfermagem: 1) Sono e Repouso Prejudicados; 2) Risco de queda; 3) Ansiedade relacionada à preocupação com sua saúde de seu bebê, o qual já obteve alta; 4) Risco de Infecção. Considerações finais: A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) tornou possível analisar como a equipe de assistência realiza a abordagem da puérpera soropositiva no nível de assistência ambulatorial pós cesárea, por intermédio de um plano de cuidado centralizado nas necessidades de cada paciente, observou-se a promoção integral e individualizada à saúde da paciente, por meio da avaliação, monitorização e plano de cuidado a fim de obter uma alta segura e sem intercorrências.