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Apresentação: A autogestão é uma proposta de gestão compartilhada entre os sujeitos do processo, priorizando o exercício compartilhado do poder, o consenso, o diálogo e a negociação, rompendo com a lógica hierarquizada. Neste caso, a autogestão foi proposta para um curso de extensão sobre o referencial teórico metodológico da Análise Institucional (AI) aplicado à saúde. Segundo Baremblitt para a AI a autogestão dos coletivos consiste na aposta na potência e capacidade de produzir o que não é uma hierarquia modulada pelo poder, o próprio coletivo delibera e decide com maneiras diretas de comunicação. O objetivo desta produção é apresentar o processo de autogestão vivenciado em um curso de extensão para profissionais da saúde. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência a partir da visão de alguns integrantes da comissão organizadora de um curso de extensão oferecido pela Pró-reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo (USP) sob coordenação de docentes da USP. O curso ocorreu por meio da plataforma Google Meet, no segundo semestre de 2021 com carga horária de 40 horas. A comissão organizadora foi composta por docentes de Enfermagem e Odontologia e monitores oriundos de cursos de pós-graduação (mestrandos e doutorandos). Participaram do curso o total de 35 pessoas de diferentes estados brasileiros e com idades entre 18 à 62 anos; docentes, pós-graduandos e profissionais da saúde de diversas profissões: Fonoaudiologia, Enfermagem, Nutrição, Assistência Social, Fisioterapia, Psicologia, Odontologia e Comunicação Social. Resultados e/ou impactos: O curso foi organizado e construído durante o processo, conforme a necessidade  dos envolvidos. Cada encontro foi produzido coletivamente com a definição dos conceitos que seriam estudados, a escolha de materiais para leitura e suas disponibilidades, a escolha de convidados externos para apresentação e discussão com o grupo, os temas elegidos como centrais a serem explorados; o modo de funcionamento dos encontros, se em grandes grupos ou subgrupos; horário de intervalo; as ferramentas utilizadas como, por exemplo, o diário coletivo. Considerações finais: A autogestão quando introduzida em propostas do ensino, estimula os sujeitos a se autorizarem a assumir outros lugares no coletivo, a expressarem os pensamentos, os sentimentos, as decisões e a abertura para o novo. As diferenças dos participantes tornou o processo frutífero/enriquecedor, a partir do momento que oferece outros modos de construção coletiva do conhecimento