Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
Tamanho da fonte: 
Refletindo sobre o direito a ter direito sob a perspectiva da enfermagem em tempo de pandemia
Stephania Mendes Demarchi, Jeremias Campos Simões, Maria Angélica Carvalho Andrade

Última alteração: 2022-01-24

Resumo


A enfermagem é a maior categoria entre os profissionais de saúde e estar diretamente relacionada ao cuidado de doentes, 24 horas por dia. Esta categoria trabalha em uma prestação de serviço que gera desgaste, stress e adoecimento. Porem apesar da sua importância, a enfermagem está marcada pelas péssimas condições de trabalho, salários defasados, jornadas exaustivas e escassez de direitos. Diante da crise provocada pelo Covid-19, acabou por evidenciar ainda mais as más condições de trabalho e a falta de direito que essa categoria está exposta no país e as mais diversas consequências disso para esses trabalhadores. Com base no referencial de Hannah Arendt, propõe-se refletir sobre o conceito do direito a ter direito a partir do protagonismo e das vulnerabilidades dos profissionais de saúde, destacando-se o contexto da pandemia de Covid-19. É importante destacar que podemos refletir a contribuição de Arendt, que o direito visto como um acordo coletivo de proteção mutua pode contribuir melhora da qualidade de vida e condições de trabalho dos profissionais de enfermagem e porque não dizer, muito além dessa categoria, já que diante do empenho para se garantir a dignidade humana através da luta por direitos temos o direito à saúde, da mulher e o direito do trabalhador, e todos esses direitos envolvem a enfermagem. Além disso, o direito a ter direito pensado por Arendt refere-se a um grupo de pessoas que não recebem proteção do estado e que assim estão a mercê de abusos. Diante de diversas formas de abusos que a enfermagem está exposta podemos afirmar que muitos são os desafios diante da luta pelos direitos da enfermagem, sua complexidade em garantir condições de trabalho, salário, regulação de melhores da carga horária, dentre tantos outros, o que exige a estruturação do serviço de saúde no Brasil, além de contribuir para melhorar a saúde da população.