Trata-se de uma revisão integrativa que se propõe identificar quais tipos de violência, relacionadas ao trabalho, os profissionais de saúde estão submetidos. A busca por artigos científicos foi feita em periódicos indexados: Medline, Lilacs, Bdenf, Pubmed e Scielo no período de outubro a dezembro de 2019. Foram utilizados, para busca dos artigos, os seguintes descritorese suas combinações nas línguas portuguesa e inglesa. “Violência”, “ violência no trabalho”, “pessoal de saúde”, “recursos humanos” AND “trabalho”. A amostra final desta revisão integrativa foi constituída por 23 artigos. Os estudos elencados nesta revisão integrativa foram do período de 2006 a 2020. Foram trabalhados com número mínimo de amostra de 14 participantes e número máximo de 2940. As categorias estudadas foram: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem, dentistas, auxiliares de saúde bucal, técnico de saúde bucal, agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias e outras. As categorias mais estudadas foram enfermagem, medicina e agentes comunitários de saúde. Dos 23 artigos, os profissionais de enfermagem (nível superior, técnico e médio) eram sujeitos de pesquisa em 22 estudos, médicos em 10 artigos e agente comunitário de saúde em 7 artigos. Na revisão, em 91% dos estudos o gênero prevalente era feminino, em apenas um artigo havia mais homem que mulheres na amostra. Dos artigos que diferenciaram gênero, em 92% relatavam que, entre grupos heterogêneos, as mulheres sofreram mais violência e em apenas 1 artigo os homens foram as principais vítimas. Os pacientes/acompanhantes foram apontados como os principais agressores em 21 artigos, seguidos dos colegas de trabalho e chefia. A violência mais presente no ambiente de trabalho foi a violência verbal. A violência mais presente no ambiente de trabalho, foi a violência verbal. Destaque para as possíveis causa para o surgimento de violências relacionada ao trabalho: as condições e organização desfavoráveis para a prestação de serviço. As pesquisas chamam atenção para alto índice de subnotificação e baixo apoio institucional. Os resultados permitiram observar que a violência no ambiente de trabalho é frequente nos ambientes de serviços de saúde, sendo as categorias que possui mais contato com os pacientes, as principais vítimas. Observa-se também nos dados que as mulheres são as principais vítimas, o que coloca as profissões com alta taxa de feminilização como enfermeiras e agentes comunitárias de saúde como maiores atingidas. Além disso, a forma como está organizado o trabalho e as condições de trabalho foi frequentemente mencionado como causa para surgimento de violência relacionada ao trabalho, principalmente quando o agressor era o paciente. Diante disso, evidencia a necessidade de analisar sobre a violência relacionada ao trabalho em relação ao modo como ela é executada, quais são as principais vítimas e quais fatores contribuem para seu surgimento, principalmente em relação a condição e a organização do trabalho.