Introdução: Com o desenvolvimento da pandemia devido à doença COVID-19, muitos hospitais ficaram lotados e foi necessária uma movimentação dos profissionais de saúde dentro desses locais para tentar contornar os malefícios da pandemia. Estes trabalhadores relataram em diversas redes sociais sobre o agravamento da saúde emocional e mental enquanto trabalham nos hospitais, como exposto por Oliveira e Ribeiro (2021). A dificuldade para manutenção da saúde mental é um acontecimento que ocorre desde o período não pandêmico, conquanto, acentuou-se por diversos fatores neste momento atípico da sociedade (Saidel et al., 2020). Objetivo: Efetuar um levantamento bibliográfico brasileiro com o intuito de identificar o que foi produzido em relação à saúde mental e emocional de profissionais da saúde. Método: Foi realizado um levantamento bibliográfico na busca de artigos que contenham informações sobre a saúde mental e emocional dos profissionais de saúde que trabalham na tal “linha de frente” do hospital, como enfermeiros, médicos, psicólogos e fisioterapeutas hospitalares. Portanto, os critérios para seleção foram artigos brasileiros que buscaram estudar a saúde mental e emocional destes profissionais nas bases IndexPsi, PePSIC e LILACS, nos idiomas português e inglês. Resultado e discussão: Foram levantados 16 artigos, dos quais somente 6 entraram nesta revisão. Em estudo realizado por Teixeira et al. (2020), os profissionais da saúde que trabalham em hospitais apontam um aumento na percepção e ansiedade, estresse e depressão por conta de enfrentarem uma enorme pressão, alto risco de infecção e proteção não eficaz contra contaminação e até frustração no local de trabalho. Os principais motivos deste aumento são devido ao contato direto com pessoas infectadas e seu sofrimento, falta de informação precisa e a falta de políticas públicas que colaborem ao combate a pandemia (TEIXEIRA et al., 2020). Conclusão: Com o desenvolvimento da pandemia, observou-se um aumento no sofrimento psíquico destes profissionais, que gera uma diminuição da qualidade de vida dos trabalhadores. Conquanto, muita dessas pesquisas eram revisões de literatura, havendo poucos relatos de experiência entre os selecionados e poucas pesquisas que havia o foco em somente um profissional (e.g. somente médico ou somente psicólogo).

Referências:

OLIVEIRA, Érika Cecília Soares; RIBEIRO, Julyanna de Melo. DIÁRIO DA PANDEMIA: UMA PSICÓLOGA NA LINHA DE FRENTE. In: IMPACTOS PSICOSSOCIAIS DA PANDEMIA: CONTRIBUIÇÕES DO NÚCLEO ALAGOAS DA ABRAPSO. Maceió, AL: EDUFAL, 2021. cap. 13, p. 145 - 154. ISBN 978-65-5624-043-5.

SAIDEL, Maria Giovana Borges; LIMA, Maria Helena Melo; CAMPOS, Claudinei José Gomes; LOYOLA, Cristina Maria Douat; ESPERIDIÃO, Elizabeth; RODRIQUES, Jeferson. Intervenções em saúde mental para profissionais de saúde frente a pandemia de Coronavírus. Rev. enferm. UERJ, [S. l.], p. 01-06, 21 maio 2020. DOI http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2020.49923. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1097213. Acesso em: 1 ago. 2021.

TEIXEIRA, Carmen Fontes de Souza; SOARES, Catharina Matos; SOUZA, Ednir Assis; LISBOA, Erick Soares; PINTO, Isabela Cardoso de Matos; DE ANDRADE, Laíse Rezende; ESPIRIDIÃO, Monique Azevedo. A saúde dos profissionais de saúde no enfrentamento da pandemia de Covid- 19. Ciênc. saúde coletiva, [S. l.], p. 3465-3474, 28 ago. 2020. DOI 10.1590/1413-81232020259.19562020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/6J6vP5KJZyy7Nn45m3Vfypx/?lang=pt. Acesso em: 1 ago. 2021.