Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2022-01-25
Resumo
O agravamento da pandemia causada pelo Coronavírus (SARSCoV-2) em todo o território, em conjunto com o boletim da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), divulgado aos 23 de março de 2021, o qual sugere medidas mais regidas, inclusive de restrição de atividades e circulação nos estados da federação, que se encontravam na classificação de “alerta crítico” em razão da lotação das Unidades de Terapia Intensivas (UTIs), foi preponderante para a solicitação dos profissionais de odontologia, para que pudessem colaborar na vacinação em massa da população, visto que os atendimentos realizados de forma eletiva estavam suspensos, enquanto casos de infectados aumentavam de forma desordenada. O Código de Ética Odontológica (Resolução CFO 118/12), estabelece como direito fundamental do Cirurgião Dentista autonomia na execução de tratamentos com liberdade e convicção, pois regulamenta o exercício da odontologia e suas competências na prescrição e administração de medicamentos que também são de competência legal do mesmo e podem ser empregados em situações terapêuticas e de Emergência, visto que o profissional detém o conhecimento técnico-científico das especialidades farmacêuticas, suas vias de administração e respectivas técnicas de aplicação. O objetivo do presente trabalho é relatar a atuação e as ações desenvolvidas pelo profissional odontólogo, vinculados ao Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPI) no município de Santa Teresa no enfrentamento à pandemia da COVID-19 no contexto da Estratégia Saúde da Família (ESF). Método: trata-se de um relato de experiência acerca das estratégias de atuação do cirurgião-dentista vinculado à ESF perante a vacinação, alocada em um município do interior do Espirito Santo, durante o enfrentamento da pandemia de COVID-19 no período de maio de 2020 a maio de 2021. Resultados: evidenciou-se que muitas práticas foram desenvolvidas pelos dentistas como auxiliar nas barreiras sanitárias de saúde, acompanhamento de pacientes pelo telemonitoramento, produção de materiais para educação em saúde, coleta de swab e vacinação além do atendimento de urgência e emergência. Conclusão: o cirurgião-dentista pode e tem contribuído na Atenção Primária a Saúde (APS) de várias maneiras durante os últimos anos e não foi diferente neste momento de pandemia. Diante do relato, percebe-se que estes profissionais têm agregado e contribuído para a promoção, prevenção e recuperação da saúde da população.