Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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CINESIOFOBIA EM PACIENTES DO SETOR DE TRAUMATO-ORTOPEDIA DA CLÍNICA-ESCOLA DE FISIOTERAPIA DE UMA INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA
Mariana Martins de Souza Santos, Leticia Ferraz Rodrigues da Silva, Romulo Braga Amorim de Faria, Bruno Faluba Petronilho, Eder Antonio Ribeiro Carneiro, Marcelo Dalla Bernardina de Almeida, Priscila Rossi de Batista

Última alteração: 2022-01-28

Resumo


Apresentação: A cinesiofobia apresenta-se como uma condição na qual um paciente tem um medo excessivo, irracional e debilitante de movimento físico e atividade resultante de uma sensação de vulnerabilidade a uma lesão dolorosa ou nova lesão, e relaciona-se com a localização da dor, humor, baixa autopercepção de saúde e a alta intensidade da dor, sendo possível identificar também uma relação com a depressão. Este estudo tem como objetivo investigar e caracterizar a cinesiofobia em pacientes assistidos no setor de traumato-ortopedia de uma clínica-escola de Fisioterapia.

Desenvolvimento do trabalho: Estudo transversal observacional cuja amostra foi composta por 16 pacientes assistidos no setor de Traumato-Ortopedia da Clínica-Escola de Fisioterapia da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, EMESCAM. Inicialmente, os participantes passaram pelos critérios de elegibilidade e foi aplicada a ficha de coleta de dados para se obter os dados sociodemográficos e os dados sobre o aspecto saúde e doença. No segundo momento, os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e em seguida, responderam a Escala Tampa para Cinesiofobia (TSK) para avaliar a presença e os níveis de cinesiofobia, bem como a Escala Visual Analógica (EVA) para quantificação da dor. Os dados foram analisados de maneira descritiva. Este estudo foi desenvolvido de acordo com os princípios científicos preconizados pela Resolução nº 466/12 do Ministério da Saúde/Brasil e aprovado pelo comitê de ética local, sob o parecer nº 4.815.997.

Resultados: Foram incluídos 16 pacientes com idade média de 57,8 ± 12,4, sendo que 37,5% (n=6) da amostra eram do sexo masculino e 62,5% (n=10) eram do sexo feminino. Na escala TSK, 25% (n=4) dos pacientes apresentaram cinesiofobia leve, 43,75% (n=7) apresentaram cinesiofobia moderada e 31,25% (n=5) apresentaram cinesiofobia grave.  Na escala EVA, os pacientes apresentaram uma média de dor de 7,1 ± 2,8, onde 12,5% (n=2) indicaram dor leve, 37,5% (n=6) indicaram dor moderada e 50% (n=8) indicaram dor intensa. Cerca de 40% (n=4) dos pacientes do sexo feminino apresentaram cinesiofobia leve e moderada e 50% (n=3) dos pacientes do sexo masculino apresentaram cinesiofobia moderada e grave. Com relação à escala EVA, 50% (n=1) dos pacientes que indicaram dor leve apresentaram cinesiofobia leve e moderada, 50% (n=3) dos pacientes que indicaram dor moderada apresentaram cinesiofobia moderada e 37,5% (n=3) dos pacientes que indicaram dor intensa apresentaram cinesiofobia moderada e grave.

Considerações finais: Todos os participantes da amostra coletada apresentaram algum nível de cinesiofobia, não havendo diferenças entre os sexos. Os participantes que relataram maior frequência da dor, duração da dor e intensidade da dor apresentam maiores chances de possuírem cinesiofobia moderada ou grave. Por fim, com relação a EVA, a maior parte da amostra que relatou dor moderada, apresentou um nível moderado de cinesiofobia.