Apresentação: O câncer constitui-se como significativo problema de saúde pública no Brasil ao se considerar a magnitude manifesta pelos coeficientes de morbidade e mortalidade, em que se faz necessário ofertar cuidados em saúde ativos e integrais. Sobre a integralidade em saúde, além de um princípio do Sistema Único de Saúde e a despeito da polissemia intrínseca ao termo, busca-se compreendê-la enquanto ação reorientadora de práticas hegemônicas em saúde que objetiva legitimar a alteridade, o que implica em novos arranjos institucionais e políticos. Este trabalho teve por objetivo analisar os sentidos atribuídos ao cuidado integral em saúde sob o olhar de profissionais atuantes em uma clínica paliativa oncológica e cuidadoras que vivenciam o processo de acompanhar pacientes hospitalizados. Desenvolvimento: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com uso do método clínico-qualitativo, onde o estudo teve a participação de 07 (sete) profissionais de nível superior atuantes no setor e 05 (cinco) cuidadoras de pacientes que encontravam-se hospitalizados. Resultados e/ou impactos: Emergiram seis categorias empíricas que se apresentam como cuidado integral em saúde no campo dos cuidados paliativos oncológicos: Normatividade do adoecer por câncer: sentidos das cuidadoras; O cuidado com a dimensão espiritual; Cuidados Paliativos, O que isto significa? O olhar da Equipe de Saúde; (Des)Coordenação dos serviços de saúde para o cuidado em saúde integral; Comunicação entre equipe e familiar-profissional de saúde: encontro e desencontros; O encontro entre equipe de saúde e cuidadoras: acolhimento e vínculo. Considerações finais: Constata-se o cuidado em saúde integral ocorrendo, de maneira geral, de forma fragmentada, hierarquizada, apesar de existir vislumbres de desconstrução deste lugar em direção a um cuidado integral.