Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Projeto de Intervenção: qualificação de um serviço de saúde a partir do Planejamento Estratégico Situacional (PES)
Ana Beatriz Barros, Viktor Wgo Pinto de Carvalho, Liliane de Jesus Moura, Thais Aparecida de França Rocha, Dorlane Correia de Melo, Alexandre Pereira de Oliveira

Última alteração: 2022-01-26

Resumo


APRESENTAÇÃO E OBJETIVO
A elaboração deste projeto de intervenção surge como exercício teórico-prático, convidando os atores envolvidos neste trabalho à construção de reflexões em uma perspectiva interprofissional. Além disso, permite troca de experiências concretas vividas no cotidiano das unidades de saúde docente-assistenciais do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde da Família e de Medicina de Família e Comunidade, no município de Camaçari-Bahia.O objetivo deste projeto foi conhecer o território adscrito à unidade e confirmar o número da população adscrita do território da Unidade de Saúde da Família (USF), visando a possibilidade de redistribuição equitativa de usuários por microáreas das duas equipes.
DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA
Este projeto se deu através das diretrizes do Planejamento Estratégico Situacional (PES), que prevê o conhecimento sobre o território e as capacidades de gestão e planejamento das equipes como ferramentas imprescindíveis para o alcance de resultados satisfatórios tanto para a comunidade quanto para os trabalhadores e profissionais, perpassando pelas seguintes etapas: observação da realidade - identificação dos problemas; contextualização da situação que envolve o problema - priorizando problemas, identificando atores sociais envolvidos e explicando problemas (Momento I - PES). A partir da aplicação do PES entre os residentes do segundo ano e destes com os demais profissionais/trabalhadores da unidade e usuários, no período de agosto de 2019 a março de 2020, e da constatação de diversas dificuldades enfrentadas no cotidiano da unidade, o problema selecionado, por unanimidade, foi a Má Distribuição da População Adscrita para as duas Equipes, que estava disposta da seguinte forma: dividida entre duas equipes, sendo 3.748 mil pessoas na equipe 1 e 5.230 mil pessoas na equipe 2. Ressaltando que, em agosto de 2018, houve o acréscimo de aproximadamente 2.000 mil pessoas na equipe 2, pela incorporação de duas novas microáreas (MA), totalizando 7.230 mil pessoas. 
RESULTADOS
A partir do momento que foi escolhido o problema, traçaram-se estratégias no intuito de acessar os atores envolvidos. As estratégias utilizadas foram reconhecimento (social e econômico) do território, contagem das pessoas que residem no mesmo. Levantou-se a possibilidade de redistribuição das pessoas por equipes e reconstrução do mapa estático e dinâmico das mesmas, visando uma divisão equitativa e o alcance/cobertura das pessoas pelos ACS.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O (re)conhecimento do território, assim como a presença dos ACS nos mesmos contribui para uma maior apropriação sobre a comunidade assistida, possibilitando o planejamento das ações de saúde que serão ofertadas para a população adscrita, de acordo com suas demandas e necessidades. Por isso, percebe-se a importância do cumprimento às normas estabelecidas na PNAB, principalmente no que se refere ao número de famílias e pessoas por ACS e por Unidade de Saúde da Família. Esta realidade pode interferir diretamente no vínculo entre profissionais e usuários, pois tende a contribuir na melhoria do acesso ao serviço e, consequentemente, na satisfação dos usuários referente ao cuidado recebido, além de minimizar os possíveis tensionamentos causados pela discrepância na população assistida por cada ACS e pelas equipes.