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Buscando continuamente a garantia da equidade aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), a atividade laboral em Central de Regulação consiste em agilizar e qualificar o fluxo de acesso aos serviços de forma eficaz e eficiente, sendo a ponte entre a demanda e a prestação direta dos serviços. Vivenciando esse universo na ponta e operacionalizando-o junto aos demais profissionais é possível apreender a urgente disponibilização de estratégias que enfrentem a questão da demanda real e da demanda artificial considerando a oferta potencial e a oferta existente, propondo assim uma rede de atenção primária à saúde engajada e coesa. Ao aplicar ferramentas de gestão e assim poder demonstrar mensalmente a produtividade advinda dos procedimentos ofertados pelo SUS (consultas e exames diversos), foi possível visualizar na prática a efetividade de como o trabalho coletivo, coordenado e organizado torna-se resolutivo. Além dos benefícios ao processo de trabalho em si, garante-se o protagonismo e ao mesmo tempo a interrelação dos profissionais atuantes. Através da determinação de atribuições e consequente aumento do vínculo e das relações interprofissionais alcançou-se a abertura ao diálogo, da troca, da problematização mediante ocorrências advindas do próprio ambiente de trabalho. Cabe enfatizar que avanços na implementação de estratégias de Educação Permanente em Saúde, seja beneficiando internamente o setor ou a nível macro com a rede assistencial, somente ocorrerão caso a Atenção Primária em Saúde seja reconhecida como ordenadora do cuidado, possuindo valor fundamental e cumprindo papel estratégico ao enfrentamento das situações de saúde. É preciso compreender que o posicionamento do Gestor deverá estar focado na promoção da saúde e na prevenção de agravos dos usuários, permitido através de um sistema de saúde universal, o qual requer maior resolutividade neste nível primário de assistência; as estratégias precisam ser desenhadas e redesenhadas ao longo da caminhada, adaptando-se as singularidades da população envolvida, sendo sempre um desafio a ser enfrentado. Além da implantação e implementação necessária e já tardia do Núcleo de Educação Permanente (NEP) Municipal, também destaco como grande estratégia gerencial a ser proposta e implementada ao município, o instrumento de Matriciamento que consiste em produzir saúde em duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada através da criação de uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica em que integra profissionais e seus saberes nos diferentes níveis de assistência.  Através dele será possível viabilizar a integração e melhor diálogo entre os profissionais de saúde e gestores que, em que através de sua vivência poderão resultar em um trabalho conjunto na elaboração de projetos terapêuticos singulares, reuniões de equipe, interconsultas, etc. o que corrobora com a Educação Permanente.  Para implementar processos de aprendizagem aos trabalhadores do SUS existe a necessidade além de apreender o protagonismo destes, assumir a condição de aprendizes independente do cargo ocupado (gestão, técnicos, trabalhadores do SUS), de construtores de um conhecimento o qual foi advindo da sua própria prática, que promova uma postura reflexiva e identifique limites e erros, o qual é sem dúvida, um caminho árduo, mas que alcançará seu objetivo se adotadas estratégias sistemáticas e progressivas na direção da mudança que se quer.