Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Consequências da violência por parceiro íntimo contra mulher em sua saúde física e mental.
Rayza de Sousa Ramos, Leonardo Naves dos Reis

Última alteração: 2022-01-28

Resumo


Apresentação: A violência por parceiro íntimo (VPI) possui determinantes multicausais, é um problema de saúde pública e caracterizado como um fenômeno complexo. Objetivo: Descrever os efeitos da perpetração de violência por parceiro íntimo na saúde da mulher. Método: Para isso, realizou-se uma revisão de literatura nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scielo e Google Acadêmico.  Palavras chaves utilizadas foram “violência por parceiro íntimo”, “violência contra mulher”, “fatores de risco”. Discussão:  O fenômeno VPI ocorre quando a vítima está dentro de uma relação íntima, é caracterizada por sofrer danos físicos, morais, sexuais, psicológico, patrimonial entre outros tipos de violência. Além de fatores individuais, social e comunitário percebe-se, também, conflitos no relacionamento, machismo, desemprego favorecem a ocorrência do fenômeno em mulheres. Percebeu-se que a população feminina com baixa escolaridade, de cor preta e menor autonomia financeira são mais vulneráveis a violência do que mulheres que possuem maior acesso a recursos, estes importantes para interrupção da violência. A VPI viola os direitos da vítima em sua integridade física e mental, concorrente, as consequências da violência adentram no campo de agravos à saúde. Estes agravos são indícios da violência, que podem não ser percebidos desta forma por profissionais de saúde que atendem a mulher, sendo eles dores crônicas, machucados que não condizem com a narrativa da paciente, estresse pós-traumático, depressão entre outras marcas físicas e psicológicas dadas pela VPI. Considerações finais: A mulher vítima de violência tem o direito a uma vida plena, autônoma e saudável. Intervenções de caráter multidisciplinar, intersetorial são necessárias devido à complexidade do fenômeno. Além disso, promover estratégias que possibilitem a detecção da violência e, assim produzir redes de enfrentamento favoráveis a redução da violência.