Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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O PERCURSO DO USUÁRIO NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE RIO DAS OSTRAS, ESTADO DO RIO DE JANEIRO, NA PANDEMIA DA COVID-19
Juliana Caroline Dia de Araujo Pimentel, Karla Santa Cruz Coelho

Última alteração: 2022-02-12

Resumo


Apresentação:A cartografia é a produção em movimento, é elástica.  O que afeta o cartógrafo precisa ser investigado, há um enlaçar entre o pesquisador, o pesquisado e o campo, permitindo que haja compartilhamentos e trocas, sem distinção. As relações, no domínio da micropolítica, são geridas nos encontros e no agir do trabalho vivo em ato.Neste contexto, existem tecnologias de gestão de trabalho que podem ser utilizadas para identificar “ruídos”, como é o caso do Fluxograma Analisador (FA),  que tem como a proposta ir defronte as relações estabelecidas na micropolítica dos encontros, já que o mesmo discute as relações do trabalho vivo em ato e de que forma essa ferramenta ilustra o processo de trabalho da unidade e, consequentemente, mostra o cuidado prestado e o caminho percorrido do usuário-cidadão-guia, criando rumos de investigação para produzir uma análise no campo da micropolítica.Objetivo: Compreender o percurso feito pelo usuário acometido de COVID-19 na Estratégia de Saúde da Família do Município de Rio das Ostras.Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e narrativa. Pauta-se em uma narrativa fictícia a partir de experiências vividas pela autora e seu diário cartográfico, tendo como referencial teórico desta pesquisa a cartografia.Este trabalho é um recorte da dissertação do Mestrado Profissional em Atenção Primária à Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFRJ-Macaé CAAE n° 40700120.0.0000.5699.Resultados: O usuário-cidadão-guia Genivaldo foi apresentado através de uma narrativa fictícia a uma equipe de saúde da família para a discussão e construção do FA. A construção do FA deu-se coletivamente durante uma reunião com a equipe técnica: A enfermeira, a técnica de enfermagem, a médica e duas Agentes Comunitárias de Saúde.Esta atividade foi desenvolvida em três etapas. Na primeira etapa, apresentamos o “Relato do Encontro” e discutimos a respeito da narrativa fictícia. Na segunda etapa, foi explicado sobre a ferramenta utilizada, o FA, e sobre sua aplicação nos encontros e na narrativa em si, assim como o auxílio na construção, caso necessário. Já na terceira etapa, conversamos sobre o FA feito e discutimos as barreiras encontradas.Discussão: As afetações que movimentam a produção desses dados no “entre” e no “ato” em conjunto com a equipe emergidas do FA foram: O excesso da elipse de saída; ausência de farmácia na unidade e busca ativa sem sucesso. Algumas perguntas foram feitas após a equipe de saúde construir o FA, tais como: Qual o caminho que o Genivaldo fez?  e Quais são as barreiras encontradas que impedem o atendimento na ESF?.Conclusão: O FA apresenta-se como uma ferramenta de gestão que pode atuar nas atividades de educação permanente de saúde em conjunto com as equipes de saúde da família, ele apresenta-se como tecnologia leve em saúde pois oferece resoluções a partir da reflexão coletiva dos trabalhadores. Além disso,  faz-se necessário  discussões ampliadas no campo de planos operacionais dentro das unidades de saúde da família para maior resolutividade das demandas.