As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) é um dos grandes problemas de saúde pública. Caracterizam-se por infecções causadas por mais de 30 agentes etiológicos diferentes, sendo transmitidas de maneira prioritária por contato sexual. Mesmo que não haja sinais e sintomas, as IST’s podem estar presentes e ser, inclusive, transmissíveis. O Sistema Único de Saúde disponibiliza gratuitamente teste de HIV, sífilis e das hepatites B e C. Esses testes detectam se o organismo está produzindo anticorpos (lgG e lgM) contra a proteína do vírus.A oferta dos Testes Rápidos (TR)de IST para toda população assistida pela APS, tem se revelado uma poderosa estratégia para detecção precoce e tratamento imediato dessas infecções, evitando danos maiores a saúde dos usuários e garantindo o sucesso em tomadas de decisões em condutas clínicas. O objetivo deste estudo é descrever a implementação dos testes rápidos na rotina do atendimento à população durante o acolhimento pela Atenção Primária à Saúde (APS).Trata-se de um relato de experiência realizado na APS pelas equipes de Estratégia de Saúde da Família da Unidade Básica de Saúde (UBS) Alvorada e Vila Nova, Santa Teresa/ES em 2021 no estabelecimento da rotina dos testes rápidos de Hepatites B e C, HIV, e Sífilis ofertado em livre demanda em todos os turnos que a unidade está aberta, durante o acolhimento realizado aos pacientes antes de serem atendidos em consulta pelo médico e enfermeiro da unidade, sendo estes os responsáveis pela leitura do resultado dos testes. A UBS conta com o espaço físico adequado para realização dos testes garantindo o sigilo ao paciente. Os profissionais que executam os testes foram treinados e realizam o aconselhamento pré e pós teste deixando claro a livre escolha de fazer ou não a testagem. A implementação dessa rotina no processo de trabalho da equipe,ofertando ampla testagem à comunidade foi bem aceito, sendo raro os casos de recusa. Surtiu efeitos benéficos no aumento do rastreio dessas IST’s, permitindo o início imediato do tratamento e acompanhamento dos casos positivos. Os TR demonstram uma grande vantagem nos atendimentos, pois possibilitam a liberação dos resultados e a assistência ao paciente em uma única consulta e não necessitam de estruturas laboratoriais complexas, bem como o transporte de amostras e a necessidade de coleta de sangue venoso. Além disso, iniciando o tratamento de imediato favorece um melhor prognostico aos usuários, proporciona uma melhor orientação ao paciente e benefício estabelecimento do vínculo da equipe com os usuários visando a promoção da saúde e estímulo ao auto cuidado na prevenção das IST’s.O atendimento em livre demanda por usuários do SUS, bem como da detecção de pessoas com IST´s tem a finalidade curativa, mas também visa a interrupção da cadeia de transmissão e a prevenção de outras IST’s e complicações decorrentes dessas infecções. A sinergia entre o diagnóstico precoce e o tratamento adequado e oportuno do HIV, da sífilis e das hepatites B e C deve ser valorizada em todos os níveis de atenção, neste caso em especial pela APS.PALAVRAS CHAVES: Atenção Primária à Saúde; Conduta de saúde; protocolos clínicos.