Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2022-02-01
Resumo
Apresentação: A Hipertensão Arterial Sistêmica-HAS é a doença cardiovascular mais comum entre os brasileiros e é de causa multifatorial. A doença, quando persistente, pode causar lesão no coração, nos rins, nos vasos sanguíneos e no cérebro, ou seja, é uma enfermidade que afeta, de várias maneiras, a forma de viver e a qualidade de vida do usuário; tanto porque esta relacionada há vários fatores de risco como porque pode atuar de várias formas no organismo. No âmbito da Atenção Primária à Saúde, especificamente no eixo das ações estratégicas de controle das doenças crônicas realizadas dentro das Unidades Básicas de Saúde, o percentual de pessoas hipertensas com pressão arterial durante o semestre, apresenta peso máximo 2, o que demonstra a relevância da doença na sociedade. O desenvolvimento da HAS está intimamente associada ao estilo de vida de cada indivíduo, sendo necessário enfatizar a importância e os benefícios que, uma alimentação balanceada – com consumo consciente de sódio – associada a exercícios praticados regularmente, são capazes de contribuir para a prevenção e controle do distúrbio. O presente estudo objetiva relacionar tratamentos não farmacológicos que colaboram com o controle da pressão arterial. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de estudo de revisão bibliográfica, para o qual foram utilizadas as abases de dados da MEDLINE e SCIELO como fonte de pesquisa. Utilizaram-se os descritores Hipertensão Arterial Sistêmica, Comportamento Alimentar, Estilo de Vida Saudável e Atividade Física para realização de busca integrada. Foram incluídos artigos completos, publicados em língua portuguesa e nos últimos 5 anos. Resultados: Restou evidente a importância do uso de métodos não farmacológicos para o controle da Hipertensão Arterial. Faz-se necessário implementar um novo estilo de vida e uma dieta saudável, pois a prevenção está ligada à prática de atividade física e do dia a dia. Entretanto, grande parte dos hipertensos continuam ignorando-a, não controlando seus níveis pressóricos, mesmo após diagnosticados. Parte siginificativa dessas pessoas apresenta dificuldade na mudança do hábito de vida, seja por falta de recurso e/ou orientação profissional em manter uma boa alimentação, como também apresenta dificuldade em iniciar a prática de atividade física, por conta do sedentarismo, obesidade e afins. Dessa maneira, as limitações cognitivas e os determinações sociais em saúde, relacionados ao contexto de vida desses hipertensos, influenciam diretamente no descontrole dos níveis pressóricos, o que acentua a persistência da doença e tem potencial para desenvolver problemas mais graves no organismo desses pacientes. Considerações Finais: Conclui-se que a alta incidência de Hipertensão Arterial é responsável pela mortalidade de uma parcela significativa da população brasileira e, por esse motivo, deve ser conduzida de forma mais estratégica pelos Poder Público e pelos profissionais do Sistema Único de Saúde, sobretudo os que estão vinculados a Atenção Primária à Saúde. Dentre as possíveis formas para diminuir o número de casos de hipertensão, as medidas não farmacológicas se mostram bastante eficazes no controle da HAS, principalmente porque envolve a reeducação alimentar, a mudança em direção aos hábitos de vida saudável e a prática de exercícios físicos.