O presente trabalho traz um relato de experiência de atuação do projeto Movimento de Emaús em conjunto com o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA), no Estado do Pará. O Cedeca – Emaús, é constituído como uma associação sem fins lucrativos que lutam pela garantia e direito das crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social na região amazônica, assim como na prestação de suporte, assistência jurídica, social e socioeducativas a familiares e crianças vítimas de violência institucional, tais como: violência policial, chacinas, exploração sexual e violência doméstica. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho é relatar de forma descritiva a experiência das atividades realizadas no Encontro de famílias – Convivendo e fortalecendo direitos no enfrentamento das violências, ocorrido em dezembro de 2021. Para a realização do encontro o Cedeca – Emaús, realiza anualmente no município de Belém do Pará, durante 3 dias o encontro com aproximadamente 60 famílias cadastradas no monitoramento de pessoas vítimas de violência nas periferias do município. A equipe multidisciplinar é formada por profissionais e estudantes estagiários de psicologia, serviço social, direito, arte educadores, que atende as crianças, adolescentes e seus familiares. Para tal ação foi realizado atividades de intervenção, acolhimento e escuta com adultos, crianças e adolescentes. Essas atividades consistiram em palestras, rodas de conversas, atividades de práticas integrativas de reflexologia, massagens tântricas, dança terapia que puderam permitir o compartilhamento de sentimentos acerca dos direitos trabalhistas; violência doméstica e sexual; saúde da mulher e percepção masculina das violências contra mulheres, os quais expressaram as suas vivências, percepções de forma coletiva e individual, conhecimento e ressignificação acerca das violências. Além disso, foi realizado com adolescentes grupos e dinâmicas sobre direitos sexuais e reprodutivos; direitos humanos e atividades lúdicas de danças e arte com as crianças. Nota-se a partir do envolvimento ativo das famílias, durante as ações psicoeducativas em saúde, a importância da escuta sensível e acolhedora a mães, pais e irmãos/ãs de pessoas vítimas de violências. Foi possível constatar que a interação das trocas de saberes, opiniões, realidade socioemocional, estratégias de defesa para lidar com o sofrimento e os momentos de lazer proporcionado as famílias, como um instrumento de educação em saúde e garantia de direitos sociais na realização do cuidado integral a essa população. Logo, evidenciou-se a importância da realização de ações como essa de movimentos sociais, como forma de fomentar a participação popular, possibilitando a disseminação de informações as comunidades periféricas, por meio das atividades de educação em saúde e mudança social, para incentivar as práticas de ações e conexões familiares e sociais, proporcionando qualidade de vida e protagonismo social para todos os assistidos pelo Cedeca  – Emaús.