Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Aclênia Maria Nascimento Ribeiro, Gabriela Oliveira Parentes da Costa, Lânia da Silva Cardoso, Ravena de Sousa Alencar Ferreira, Dallyane Cristhefane Carvalho Pinto, Francileuza Ciríaco da Cruz, Cyane Fabiele Silva Pinto, Nyara Caroline dos Santos

Última alteração: 2022-02-02

Resumo


1 INTRODUÇÃO

A informatização em saúde tem facilitado o processamento de dados por meio dos Sistemas de informação em saúde (SIS), que são caracterizados pela integração dos sistemas de coleta, administração, manutenção e dispensação dados de forma que auxilia no processo decisório e na gestão das organizações de saúde. Nesse sentido, os recursos oferecidos por esses instrumentos aumentam a efetividade dos profissionais e minimizam os custos em saúde, além de contribuir na promoção de modelos efetivos de cuidados a saúde.

Além disso, a alimentação dos SIS desenvolvidos no Sistema Único de Saúde (SUS) baseia-se na sustentação de informações necessárias para gerenciar e monitorar situações de risco, além do controle de produtividade e administração dos recursos financeiros, conforme as estratégias e normas de gerenciamento das políticas de saúde.

Assim, reforça-se a importância da temática sobre os SIS em relação a gestão e continuidade da assistência com foco na Atenção Primária à Saúde (APS), priorizando os processos de reorganização de informatização no SUS, reavaliando periodicamente as inconsistências sobre os sistemas em saúde.

No entanto é necessário salientar que a coleta dados seja relevante e com informações precisas produzidas por meio dados sólidos na Estratégia Saúde da Família (ESF), e que a gestão gerencie de maneira eficaz para contribuir com o cuidado adequado. Nessa perspectiva, objetivou-se com o estudo analisar a produção científica acerca dos SIS, com ênfase na atenção básica.

2 MÉTODO

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados: National Library of Medicine (MEDLINE); Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), utilizandos os seguintes descritores instituídos pelos Descritores em Saúde (DeCS): Sistemas de informação em saúde, Atenção primária à saúde e Gestão em saúde.

Os critérios de inclusão foram: artigos completos, originais, nos idiomas português e inglês, publicados no período entre 2010 a 2020 e que estavam relacionados diretamente ao tema e objetivos do estudo. Foram excluídos os artigos que não abordavam  o tema proposto. Assim, a  amostra final do estudo foi composta por 07 artigos que compreenderam a proposta de investigação.

 

3. RESULTADOS

Após a busca dos estudos nas bases de dados citadas, foi realizada a análise de todas as publicações completas localizadas e que compuseram a amostra final.

Quanto à distribuição dos estudos segundo o ano de publicação, observou-se que predominância de artigos publicados no ano de 2017, sendo responsável por 57% dos estudos incluídos. No entanto, convém ressaltar que houve artigos publicados em 2010, 2013 e 2014, correspondendo a 14% em cada ano citado. Já em relação à base de dados, 58% foram localizados na SCIELO, 28% na LILACS e 14% na PUBMED.

Os estudos inferem que os SIS foram valorizados a partir da regulamentação do SUS, pela Lei nº 8.080, sendo o Ministério da Saúde, o órgão gerenciador dos sistemas, o qual agrega vários subsistemas, além dos grandes bancos de dados gerados por outras instâncias. Os subsistemas em destaque são: SIM (Sistema de Informação de Mortalidade), Sinasc (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos), Sinan (Sistema de Informações de Agravos Notificáveis), Sisvan (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional), entre outros.

Dessa maneira, no que concerne à Atenção Primária, a informatização da Atenção Básica a Saúde (ABS) tem se concretizado em várias partes do mundo como relevante mecanismo estratégico de automatização de processos e qualificação da gestão da informação.

Assim, a informação em saúde além de dar suporte no planejamento e gerenciamento na tomada de decisão no Sistema Único de Saúde (SUS), também é utilizada como uma importante ferramenta, sendo eficaz para disseminação de informações precisas para a implementação de medidas de promoção de saúde e conhecimento da realidade social, epidemiológica e econômica.

Dessa forma, foi criado o Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) com a finalidade de preservar a qualidade dos dados coletados e reunir as informações produzidas na Atenção Primária à Saúde (APS) (MEDEIROS et al., 2017).

A implantação do SIAB se deu por meio do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) em 1988, juntamente com a Coordenação de Saúde da Comunidade/Secretaria de Assistência à Saúde, na qual a operacionalização era feita por um programa de computador e por algumas fichas e relatórios.

Posteriormente, dada à burocratização do SIAB e suas imensas dificuldades, como falhas do sistema, dificuldades na coleta e interpretação dos dados, além das variedades de instrumentos para obtenção de dados, houve a necessidade de sua substituição. Assim, o Ministério da Saúde por meio da Portaria n°1.412, de 10 de junho de 2013, lançou um novo sistema, o Sistema de Informação para Atenção Básica (SISAB), o qual a operacionalização se dá pelo E-SUS Atenção Básica (AB).

Essa estratégia tem a finalidade de aprimorar cada vez mais o SUS, tornando-o completamente eletrônico, e ainda colaborar no gerenciamento de informações produzidas no processo de trabalho das equipes de AB. Por conseguinte, a estratégia e-SUS AB contribui de forma ativa no processo de trabalho por meio da otimização dos dados de usuários e atividades de profissionais e a integração entre os sistemas de informação do SUS, sintetizando com autonomia os registro, processos e informações e fornecendo subsídios para gestão e continuidade do cuidado.

No entanto, é importante destacar que a implantação da estratégia e-SUS AB vai além do preenchimento de fichas, englobando assim, elementos essenciais para o desenvolvimento e análise dos dados coletados que contribuem para a tomada de decisão. Nesse contexto, identifica-se a necessidade de cumprir as diretrizes fixadas por programa ou política e de produzir informações sobre a produtividade e alcance de metas atreladas a financiamentos.

Sendo assim, a logística de implementação dos sistemas implica em potencializar a utilização de tecnologias da informação, tornando-se importante o conhecimento da informação para que seja avaliada, discutida e consensuada, a fim de obter os objetivos desejados.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo permitiu identificar na literatura a importância e significância da criação e implementação dos sistemas de informação no âmbito da AB. Destacou-se no decorrer da presente revisão de literatura, a implantação do sistema e-SUS que possibilitou melhorias na informatização das informações.

Assim sendo, acredita-se que para que esse sistema seja eficaz, torna-se necessária a otimização do seu acesso e alimentação correta e atualizada do mesmo, visto que a qualidade das informações interfere direta­mente nas ações em saúde desenvolvidas e na tomada de decisão por parte dos gestores.