Apresentação: Sabe-se que, a prática da Polifarmácia está relacionada ao uso diário de cinco ou mais medicamentos. Os idosos estão mais sujeitos ao ato, pois sua fisiologia fragilizada leva a vulnerabilidade para o surgimento de patologias que necessitam do emprego da terapêutica farmacológica. No contexto da pandemia da COVID-19, a Polifarmácia se tornou um problema a ser abordado nesses pacientes, já que essa infecção é nova, acarretando assim medo e preocupação, corroborando para a automedicação. Assim, por não existir nenhum regime farmacológico baseado em evidências para a COVID-19, ocorreu o uso de diferentes “coquetéis” prescritos como profilaxia ou tratamento para a COVID-19.  O uso concomitante com outros medicamentos para o tratamento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, trouxe complicações para a saúde desses indivíduos. Esse uso exacerbado de medicamentos pode trazer consequências a longo prazo, incluindo complicações hepáticas e renais, piorando consideravelmente o desfecho das doenças ou provocando reações adversas aos medicamentos graves. Assim, o objetivo deste estudo se baseia na seguinte questão norteadora: “Polifarmácia em pacientes idosos durante a pandemia da covid-19”. Desenvolvimento do trabalho: Neste estudo adotou-se uma revisão integrativa da literatura, possibilitando o aprendizado acerca da temática de maneira concisa, afirmando a sua relevância. Dessa forma, a revisão se deu com base nos artigos publicados no período de 2019 a 2022, utilizando a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas bases de dados MEDLINE e LILACS. Como descritores foram utilizados para a busca “Covid-19”, “Polifarmácia”, “Pandemia” e “Idosos”. Os critérios de inclusão foram: artigos completos, disponíveis online, publicados entre 2018 e 2022, em inglês e espanhol. Os critérios de exclusão foram: artigos repetidos, não relacionados à temática, publicações nas modalidades cartas, resenhas e editoriais. Foram encontrados 46 artigos. Após a leitura dos títulos, foram excluídos 35 artigos. Restaram 11 artigos para a discussão. Resultados e/ou impactos: Assim, a amostra final deste trabalho foi constituída por onze artigos científicos, selecionados de acordo com os critérios do desenvolvimento do trabalho e o objetivo proposto. É incontrovertível que devido a ocorrência de multicomorbidades nos idosos e a realidade da pandemia de COVID-19, a utilização ideal de medicamentos, é uma realidade difícil de ser estabelecida, todavia é elementar depreender sobre os impasses que cercam o objeto de estudo. Considerações finais: A revisão dos artigos selecionados evidenciou que, a ocorrência da Polifarmácia é recorrente na população, sendo uma prática clínica mais comum nas pessoas idosas. Consequentemente constatou-se que o número de doenças crônicas que acometem os idosos, é de elevada incidência de sintomas e a realização de consulta e tratamento com diferentes especialistas, a qual apresentou um aumento nos últimos anos de pandemia devida a utilização de vários fármacos no tratamento da COVID-19 e, na tentativa da prevenção desta. Assim, a prática da Polifarmácia aumenta o risco de desenvolvimento de interações medicamentosas, hospitalizações, aumento do tempo de internações e lesões hepáticas e/ou renais. A pandemia de COVID-19 ressalta a relevância da educação continuada dos prescritores e do desenvolvimento de pesquisas sobre a desprescrição.