Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Saúde na escola em tempos de pandemia: discutindo gravidez na adolescência
Carolina Maia Martins Sales, Fernanda Colombi Linhares, Andréa Rosalém Vieira, Maykel Marques Fejoli, Maria Eugenia Dutra, Karin Brandão Bruce, Jandesson Mendes Coqueiro

Última alteração: 2022-02-01

Resumo


Apresentação: O Programa de Saúde na Escola, instituído em dezembro de 2007 por decreto presidencial, tem como um dos seus objetivos, o enfrentamento da vulnerabilidade de saúde em estudantes. Dessa maneira, a gravidez não planejada na adolescência se constitui como uma temática importante de ser trabalhada no contexto escolar, uma vez que no Brasil existem uma média de 400 mil casos por ano. Quanto à faixa etária, os dados revelam que em 2014 nasceram 28.244 filhos de meninas entre 10 e 14 anos e 534.364 crianças de mães com idade entre 15 e 19 anos. Esses dados são significativos e requerem medidas urgentes já que também causam alta taxa de morbimortalidade com problemas na gravidez e parto. Assim, o objetivo deste trabalho é relatar a experiência de uma ação educativa sobre gravidez na adolescência em uma escola municipal de Vitória - ES.
Desenvolvimento do trabalho: Inicialmente, para implementação da ação na escola, foi realizada uma reunião entre profissionais da escola, profissionais da Equipe Saúde da Família, discentes e docente do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Espírito Santo a fim de planejar a ação a ser desenvolvida. Em seguida, foi deixada na escola uma caixa para que os estudantes pudessem depositar suas dúvidas a respeito da gravidez na adolescência. As perguntas foram separadas por categorias e a ação aconteceu em agosto de 2021 com cerca de 100 adolescentes.
Resultado: A ação foi desenvolvida no auditório da escola, respeitando o distanciamento entre os estudantes e a equipe. Inicialmente, os participantes foram convidados a retirar e fazer a leitura de uma por uma das perguntas da caixa, realizando, em seguida, comentários sobre o assunto com auxílio da equipe que estava conduzindo a ação. No início, os estudantes se mostraram tímidos, mas no decorrer da ação todos estavam à vontade para fazer perguntas e comentários sobre a temática. Houve um momento para esclarecimento de dúvidas com os profissionais. Após a ação, alguns estudantes procuraram a Unidade Básica de Saúde para atendimento individual e esclarecimentos sobre o assunto.
Considerações finais: As ações de Educação Popular em Saúde na escola, como o diálogo sobre gravidez não planejada na adolescência, se mostram como importante dispositivo para o fortalecimento do vínculo entre a Estratégia Saúde da Família e a comunidade. Além disso, a ação desenvolvida potencializou o protagonismo dos adolescentes na produção de cuidado em saúde, uma vez que eles participaram ativamente da ação e passaram a frequentar a unidade básica de saúde.