Este resumo trata de um relato de experiência de profissionais residentes de Saúde da Família e Comunidade e Saúde Coletiva do município de Guaiuba-e, vinculados(as) à Escola de Saúde Pública do Ceará que, entre os anos de 2019 e 2021, promoveram educação em saúde junto à população idosa do município por meio da informação. O acesso à informação está diretamente ligado aos determinantes sociais em saúde que consistem nos “fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população” (BUSS e FILHO, 2007). Diante disso, foi criado um grupo, formado majoritariamente por mulheres na grande maioria idosas, no qual foram discutidas questões sobre o processo de envelhecimento, desafios e percepções sobre o que significa, para elas, ser uma pessoa idosa nos dias atuais, tendo como norte o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003) que traz a garantia da saúde, habitação, educação, informação, dentre outros, como direitos que são fundamentais e determinantes para a saúde da população idosa. Assim, através do uso de metodologia ativa as usuárias foram instruídas de que deveriam retirar de dentro de uma caixa, em posse de uma das facilitadoras, uma tira de papel que continha palavras soltas ou frases (afirmativas ou interrogativas) sobre o tema, tratando especificamente de alguns artigos.  Feito isto, cada uma expôs sua opinião acerca do que foi lido, a saber: Dignidade; Liberdade; Com que idade uma pessoa é considerada idosa?; Como acontece o envelhecimento saudável?; Qual o papel da família, da comunidade, da sociedade e do poder público na garantia e defesa dos direitos da pessoa idosa?; Proteção à vida e à saúde; A convivência entre as gerações. O resultado foi um debate rico e extenso demonstrando que as participantes estavam bem orientadas em relação aos seus direitos. Inclusive, algumas mencionaram situações em que sentiram-se desrespeitadas diante às prerrogativas que lhes são asseguradas, como assento preferencial em coletivos e prioridade de atendimento em filas, sejam de órgãos públicos ou de empresas privadas. Este espaço de discussão trouxe às participantes a possibilidade de compartilhar experiências, sanar dúvidas e fortalecer a autoconfiança através do acolhimento necessário aos seus questionamentos e estímulo do protagonismo que cada uma exerce na sociedade. Enfatizamos, ainda, que ações como essa trazem a reflexão do acesso à informação como uma ferramenta na produção de saúde e bem-estar.