Cátia Cilene Lopes Maciel¹

Mayssa Girlayne Neves dos Santos¹

Lorrane Caroline Pinheiro da Fonseca¹

Max Amaral Balieiro¹

Ítalo José Crespo de Alcobaça¹

Paulo Rodrigo Cardoso Pereira¹

Luiz Roger Vilhena Corrêa¹

Maria Eduarda de Macêdo Basso¹

Rosemary F. de Andrade²

Apresentação: Sabe-se que, a Hanseníase é uma doença infectocontagiosa de caráter crônico, provocada pelo bacilo Mycobacterium leprae. Esta possui manifestações dermatoneurológicas de alto poder incapacitante e forte estigma, a qual pode acometer pessoas de ambos os sexos em variadas faixas etárias, ainda permanecendo como um importante problema de saúde em vários países. O Brasil é o segundo país no mundo em número de casos de hanseníase, e dentre estes, a prevalência de casos novos acometem as áreas e regiões mais pobres do país, o que se relaciona com a resposta imune ineficaz, condições socioeconômicas precárias e dificuldade de acesso aos serviços de saúde estão relacionadas à maior suscetibilidade ao desenvolvimento da doença sendo isto, fato relevante para a saúde pública. Nessa ótica, por acometer predominantemente pessoas em situação de pobreza, a hanseníase é considerada uma doença negligenciada, com importantes barreiras para seu controle e eliminação. Em 2019, no Brasil, foram diagnosticados 27.864 casos novos de hanseníase sendo 1.545 (5,5%) ocorreram em menores de 15 anos. A ocorrência de casos nessa faixa etária indica focos de transmissão ativa, dessa maneira, constitui-se como um importante indicador para a detecção precoce e monitoramento da endemia no país. Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é caracterizar os casos de hanseníase em menores de 15 anos notificados no Estado do Amapá, no período de 2010 a 2020. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, com utilização de dados secundários obtidos do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde do Estado do Amapá. Resultados: Assim, detectou-se que no período de 2010 a 2020 foram notificados 1.311 casos novos no Estado, sendo 105 casos em menores de 15 anos de idade notificados nesse período. Sendo em 2010 16 casos novos de hanseníase em menores de 15 anos de idade, equivalente a taxa de detecção de (7,21 %), 2011: 17 casos (7,49%), 2012: 12 casos (5,18%),  2013: 6 casos (2, 46%), 2014: 10 casos (3, 99%), 2015: 13 casos (5, 20,%), 2016: 6 casos (2, 42%), 2017: 7 casos (2,84%), 2018: 7 casos (2,87%), 2019: 6 casos (2,48%), 2020: 5 casos (2,07%). Considerações finais: Mediante os dados encontrados constata-se que o diagnóstico de hanseníase em menores de 15 anos de idade sinaliza focos de transmissão ativa, importante sinalizador para o monitoramento da endemia.  Portanto, é indispensável que as estratégias para conter o avanço da doença nessa população sejam direcionadas para diagnóstico e tratamento precoce, concomitantemente à isto, urge também que os órgãos municipais e estaduais competentes, estimulem campanhas de conscientização sobre a disseminação da doença, suas maneiras contágio, e principalmente como detectar precocemente os sinais e sintomas da mesma.

Palavras-chave: Hanseníase, Criança, Amapá.