Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2022-02-01
Resumo
O presente estudo se trata de uma pesquisa reflexiva sobre as contribuições do enfermeiro para o cuidado de crianças com estomias no âmbito escolar. Realizadas nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), na seguinte base de informação: Literatura Internacional em Ciência da Saúde (MEDLINE), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). As Crianças com estomias intestinais, embora tenham características que as unem em uma condição especial, estão em constante desenvolvimento e suas familias necessitam de adequação a esse novo estilo de vida. Vale ressaltar que o enfrentamento dessa necessidade especial, acarretará diversas modificações no dia a dia. No que se refere a vivência do familiar com a criança com estomia, se dá aos diversos obstáculos como o julgamento da população, a aceitação do familiar perante a situação atual do filho e as dificuldades no cuidado que será prestado diariamente. Em uma pesquisa feita com familiares de crianças com estomia, revela que um dos desafios enfrentados, é a bolsa de colostomia, sendo um longo processo adaptativo. O processo de cuidado de uma criança com estomia é de contínua mudança, podendo afetar suas relações, sendo a figura materna, na maioria das vezes, a principal cuidadora. Diante da nova realidade, o familiar precisará se adequar, se deparando com exigências e sobrecarga que pode acarretar problemas emocionais e estressantes. Onde muitas vezes carecem de acompanhamento psicológico para lidar com a situação rede de apoio se torna de grande valia não só para o adequado desenvolvimento da criança, mas para garantia da unidade familiar frente as dificuldades enfrentadas. Compreendendo que essa rede seja fundamental, pois muitas vezes quem está estomizado se encontra com o emocional fragilizado. Quando falamos da educação dessas crianças, as escolas são importantes na fase de pré-alfabetização, possibilitando aprendizagens diante das limitações impostas pela situação que ela se encontra, alcançando o mais completo progresso educacional, além da inclusão social. Em pesquisas feitas sobre os sentimentos vivenciados pelos professores no âmbito escolar, se destacam o medo, insegurança e preocupação. Onde muitos revelaram nunca ter tido nenhum tipo de orientação, curso ou instrução da secretaria de educação ou saúde para tais cuidados. Sendo de fundamental importância a implementação de um serviço oferecido por um profissional competente e capacitado para orientar as crianças estomizadas e seus familiares, e seus professores sobre os cuidados, implementando um serviço holístico e diferenciado. Diante do exposto, pode-se refletir sobre a valorização desses enfermeiros e os especialistas em Estomaterapia, sendo eles capacitados para tal atividade. Vale refletir também, a possibilidade de empregar essas orientações aos acadêmicos, pois quanto mais cedo for orientado, melhor será o seu êxito frente a essa situação.