Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Taxa de mortalidade de HIV/AIDS: Analise do perfil étnico/racial de idosos do estado do Pará
Nilton Lucas Telis de Sousa, Wanne Letícia Santos Freitas, Amanda Layse Quaresma Farias, Melissa Lago Sousa, Sandra Helena Isse Polaro

Última alteração: 2022-02-17

Resumo


Introdução: durante as décadas de 80 e 90 deu-se início a um surto de HIV/AIDS, e a partir daí, o Brasil registrou cerca de 360.323 óbitos, configurando-se, rapidamente, como problema de saúde pública. Inicialmente, a epidemia se concentrou nas pessoas autodeclaradas branca e abastarda da população, que tinha condições de viajar para o exterior e ondem tiveram contato com o HIV. Posteriormente, houve a interiorização da infecção por HIV, atingindo as parcelas mais pobres e menos instruídas da população. Diante disso, o presente estudo realizou a análise do perfil epidemiológico da mortalidade por HIV/Aids na população com idade igual ou superior a 60 anos no estado do Pará para a caracterização desses indivíduos, no período de 2007 a 2018. Método: este é um estudo retrospectivo de abordagem quantitativa com os dados oriundos do SIM- Sistema de Informações sobre a Mortalidade, concedidos pela Secretaria de Estado de Saúde Pública do Para-SESPA, conforme parecer favorável, sendo os dados remanescentes verificados e agrupados por meio do Microsoft Office Excel 2016 para análise. Resultados: no que diz respeito a raça/cor houve uma quantidade maior de óbitos no grupo de indivíduos de cor parda, contabilizando cerca de 80% do total de mortes no período analisado. Em segundo lugar, aparece a população branca, com 11% do número de casos. Em terceiro lugar, a população negra, representando 8% do total de óbitos ocorridos. Já as raças amarela e indígena foram os grupos com menos ocorrência (0,39%) e (0,08%). Diante disso, observa-se a vulnerabilidade da raça parda para contrair a infeção pelo HIV bem como para agravamento da doença e morte. Além disso, nota-se também uma redução de óbitos na raça branca e aumento na população negra. Tal resultado está de acordo com outros estudos de mesma natureza, que evidenciam o rápido crescimento da infecção entre negros e pardos. Considerações finais: através deste estudo é possível o entendimento da relação entre o fator sociodemográfico raça/cor e a taxa de mortalidade de HIV/Aids para a situação epidemiológica, municiando gestores e sistemas de saúde com informações pertinentes para enfrentamento da mesma, levando em consideração as especificidades regionais e o impacto social das ações de saúde.