A pandemia da Covid-19, agravada pela crise sanitária acentuada na atual gestão do governo federal, cujos desfechos vem impactando a Atenção Primária à Saúde e consequentemente o programa de controle da hanseníase. Objetivo: O objetivo foi compreender por meio das narrativas dos participantes do evento os fatores que impactaram na descontinuidade do programa nacional de controle da hanseníase. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência sobre o webinário promovido pelo Mestrado PROFSÁUDE em parceria com a Fiocruz Amazônia. Os dados primários coletados por meio de ficha de inscrição composta por 18 perguntas e os temas abordados pelos participantes, foram analisadas e obtidas frequências absolutas, relativas e análise de conteúdo. Resultados: O evento transmitido pela plataforma zoom e compartilhada pelas redes sociais do CEBES e MORHAN. Dentre os inscritos, a maioria era do sexo feminino 85%. Oriundos das regiões Norte (36%), Nordeste (37%) Centro-Oeste (18%), Sudeste (6%) e Sul (3%) do Brasil, incluindo os seis debatedores, representantes do programa nacional da Hanseníase, municípios, MORHAN e pesquisa. Denunciou-se o adiamento de consultas, cirurgias, interrupção dos grupos de autocuidado e desabastecimento de medicamentos no tratamento da hanseníase. Foram relatadas iniciativas inovadoras de acompanhamento dos pacientes no enfretamento a pandemia, e uso de plataformas digitais para promover o autocuidado. Conclusão: As narrativas oportunizaram compreender a atual situação da hanseníase em tempos de pandemia no Brasil, que necessitará de maiores investimentos e contratação de novos profissionais de saúde, no intuito de mitigar o impacto da Covid-19 nos pacientes com hanseníase.