Introdução: A pneumonia é um processo inflamatório agudo ou crônico do parênquima pulmonar produzido, por bactérias, vírus, fungos, parasitas e outros microrganismos, a maioria é causada por agentes bacterianos. A doença vem a se desenvolver quando há comprometimento nas defesas do organismo, na qual o interior dos alvéolos fica todo ou parcialmente preenchida por líquido e restos celulares, dificultando as funções gasosas em diferentes períodos da doença, progredindo e comprometendo a função pulmonar. As pneumonias podem ser divididas em quatro tipos: pneumonia adquirida na comunidade (PAC), pneumonia associada a cuidados de saúde (PACS), pneumonia adquirida no hospital (PAH) e pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV). A PAC é diagnosticada em crianças menores de 5 anos com história clínica de tosse e/ou dificuldade respiratória há sete ou, no máximo, dez dias, e frequência respiratória (FR) elevada e/ou tiragem subcostal. Objetivo: Relatar a evolução do quadro de uma paciente pediátrica com diagnóstico de PAC, bem como, os cuidados que a equipe multiprofissional estabeleceu no tratamento e também descrever os diagnósticos em enfermagem de acordo com a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, em que se utilizou observação direta, indireta e participativa, vivenciado por discente e docente do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade Estadual do Pará, Campus XII, com paciente internada em clínica pediátrica, de um hospital Local. As coletas das informações foram obtidas através da análise e avaliação diária do quadro clinico, bem como das informações fornecidas pela mãe da menor. Resultados: O estudo foi realizado através da avaliação do prontuário, relato de sua genitora e do acompanhamento diário da pré-escolar, sexo feminino, 2 anos e 5 meses, moradora do município de Santarém –PA, sendo preservado a identidade da mesma e da informante. Durante a avaliação foram coletadas informações da mãe, o qual descreveu que a menor sentia frequentes dores no abdome e queixava-se de cansaço físico, relatou que a mesma está com o quadro de gripe desde o mês de julho de 2019, durante o período letivo, relatava cansaço e dor torácica a professora ao brincar, assim recusava-se a executar atividades que exigisse esforço físico, não se alimentava como de costume, só aceitava ingerir líquidos, a literatura aborda que o estado geral do paciente e crianças costumam apresentar irritabilidade, dificuldade para alimentar-se e ficam dispersos ao ambiente, contudo toda ação do paciente deve ser avaliada. No dia 02 de setembro de 2019, a paciente deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) deste município, com queixas de cansaço físico, dor abdominal e gripe, foi diagnosticada com infecção intestinal, sendo prescrito pelo médico antibiótico, por 5 dias, não houve melhoras do quadro clinico, assim evoluindo o quadro de saúde, apresentando frequência respiratória elevada com (85 rpm/min) taquipnéia e febre, então foi transferida para o Hospital Municipal, através do Serviço Móvel de Urgência (SAMU). Sendo admitida na triagem com a escala de Glasgow vermelha, apresentando taquicardia, respirando com auxílio de O_2, em cateter nasal 5L/min, dor abdominal, febre, tosse produtiva e dor pleurítica a direita, mediante a avaliação do quadro, o médico solicitou, RX do Tórax, hemograma e a diagnosticou com pneumonia, assim dando início ao tratamento da patologia. Segundo informações fornecidas pela acompanhante, a paciente aos 11 meses de vida teve o primeiro episódio de pneumonia, foi internada para tratamento, obtendo melhoras no quadro respiratório. Três meses após o tratamento a mãe começou a observar desconforto respiratório, na criança ao brincar, alguns meses depois teve episódios de gripe, a mãe a automedicava com xaropes comprados na farmácia sob orientações do farmacêutica e após alguns dias do uso do medicamento os sintomas cessavam. Aos 2 anos de vida, paciente foi internada, por ter diagnóstico de celulite ocular, assim sendo submetida a procedimentos que ajudaram a reverter o quadro de infecção, utilizando procedimentos prescritos pelo médico.  Após esse tratamento, aos 2 anos e 3 meses a paciente apresentou quadro de complicação respiratória, sendo diagnosticada com pneumonia, posteriormente sempre apresentando recorrentes quadros gripe. A paciente encontra-se sobe os cuidados da equipe multiprofissional, recebendo cuidados necessários para sua recuperação, onde são realizados exame físico diariamente, envolvendo sinais vitais e perguntas a mãe relativas as questões fisiológicas da mesma durante o dia, sempre observando a alteração na respiração, temperatura e administração de medicação prescrita pelo médico. Por ser uma patologia de quadro grave, qualquer intercorrência exige um cuidado qualificado da equipe multiprofissional de saúde, principalmente quando são recorrentes. Aos cuidados de enfermagem podemos relacionar risco de infecção, evidenciado pela presença de catete venoso periférico em MME e pelo longo período de internação; Nutrição desequilibrada:  evidencia pela aceitação parcial da dieta pela menor; Risco de Padrão Respiratório ineficaz, evidenciado pela taquipnéia; Termorregulação ineficaz, evidenciado pela variação de temperatura corporal; Para esses diagnósticos foram realizadas intervenções como: orientação sobre importância da higiene ao paciente, de  evitar contato com objetos contaminados e monitorar os locais vulneráveis a infecções como o acesso venoso,  orientar a genitora sobre a importância da alimentação e a incentivar a ingestão de alimentos, fazer o controle dos sinais vitais, realizar medicação quando necessário.  Os cuidados em enfermagem têm por objetivo a recuperação do quadro de saúde da paciente para evitar seu agravo. Considerações finais: Diante dos relatos fornecido, pode-se verificar a fragilidade na imunidade da paciente, sendo evidenciado pelas sequencias de infecções apresentadas pela mesma, e o agravo no quadro respiratório, levando-a desenvolver seguidos quadros de pneumonia.  Aos cuidados da enfermagem, é importante avaliar a alimentação da paciente, como acontece os cuidados domiciliares com a menor, sempre visando os cuidados da equipe multiprofissional para proporcionar a paciente a melhora da patologia, e orientar a mãe e cuidadores para incentivar a alimentação saudável a base de proteínas e legumes. Desta forma, espera-se que esta possa manter-se fora de perigos decorrentes a possíveis complicações da patologia, e assim obter a melhora da doença. Tendo em vista que os diagnósticos de enfermagem vão permitir um melhor direcionamento na atenção às necessidades do paciente com pneumonia, de certo faz-se necessário o levantamento desses diagnósticos uma vez que, estes irão auxiliar o enfermeiro no estabelecimento das medidas para intervenções que foquem em cada problema detectado neste paciente a fim do alcançar da recuperação de sua saúde.