Apresentação: A pandemia do novo coronavírus fez surgir uma série de restrições para reduzir a propagação da doença na população, sendo uma delas a mudança do ensino presencial para o Ensino Remoto Emergencial (ERE) nas universidades do Brasil. Essa mudança necessitou de adaptação na forma de lecionar componentes curriculares em cursos da área da saúde, ainda mais em disciplinas que necessitam de aulas práticas, como no caso de Histologia Humana. Para isso, além da gravação de aulas em plataformas online, são necessárias estratégias para facilitar o ensino-aprendizagem durante o período pandêmico, como comunicação efetiva com os discentes e utilização de ferramentas online de visualização de lâminas de tecidos humanos. O presente trabalho tem como objetivo descrever a experiência vivenciada por monitores de Histologia Humana na utilização de tecnologias durante o ERE. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato das experiências vivenciadas pelos autores durante a monitoria de Histologia Humana no ano de 2021, onde foi acompanhado uma turma do 1º semestre do curso de enfermagem. Foram realizadas aulas exclusivamente online devido à situação epidemiológica. Optou-se por introduzir ferramentas tecnológicas e conteúdos diversificados para facilitar a compreensão da turma, além de romper o tradicionalismo da metodologia de ensino no componente curricular. Dentre os instrumentos utilizados pode-se citar: Histology Guide e AnatLab Histology, para visualização de lâminas histológicas; Google Meet, para realização e gravação de revisões periódicas; Formulários online, para avaliação e fixação do conteúdo ministrado; WhatsApp, para comunicação constante com os discentes, além de realizar plantões tira dúvidas; e Instagram, para publicação de flashcards sobre histologia em perfil específico para isso. Resultados e/ou impactos: com as atividades adotadas pelos autores, foi perceptível o maior envolvimento dos discentes com o componente curricular. Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia às aulas práticas presenciais, as ferramentas online, tais como o Histology Guide e o AnatLab Histology, propiciaram aos discentes a experiência de observar lâminas histológicas de modo a simular o microscópio utilizado nos laboratórios. Ademais, a gravação de revisões teóricas oportunizou a fixação do conteúdo previamente explanado pelo docente orientador e facilitou o acesso daqueles com dificuldades de acesso à internet ou com algum impedimento de participarem das revisões. Concomitantemente, o plantão tira-dúvidas realizado pelo aplicativo WhatsApp proporcionou que os monitores acompanhassem os pontos nos quais os discentes apresentavam maior dificuldade em aprender. As postagens elaboradas para o Instagram mostraram ser objetivas para revisões rápidas dos conteúdos ministrados e também serviram de alicerce para as aulas teóricas. Por fim, os formulários para fixação dos conteúdos teóricos viabilizaram acompanhar o desenvolvimento dos discentes no componente curricular, além de auxiliar os monitores na auto avaliação das estratégias supracitadas, para que, dessa forma, as mudanças cabíveis fossem adotadas. Considerações finais: O uso de ferramentas digitais durante o ERE facilitou o processo de aprendizagem dos discentes, diminuindo as dificuldades impostas pela pandemia. Apesar do retorno presencial de ensino, é necessário utilizar tecnologias como forma de complementar o ensino de histologia humana e outros componentes curriculares, gerando maior interesse no assunto e expandindo as possibilidades de aprendizagem.