Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Assistência na Atenção Primária à Saúde às pessoas com diagnóstico de Covid-19
Sílvia Uehara, Ana Paula Vechi Côrrea, Amanda Ceratti, Helena Nayara Santos Pereira

Última alteração: 2022-02-03

Resumo


INTRODUÇÃO: A pandemia da Covid-19 está sendo causa de óbito de um grande número de pessoas no mundo e inserindo demandas sem precedentes nos serviços de saúde. Considerando localmente, em nível municipal, a existência da fase de transmissão comunitária da Covid-19, a Atenção Primária à Saúde (APS) tem papel fundamental na resposta global à doença. OBJETIVO: Analisar a assistência dos serviços da APS da região Sudeste direcionada às pessoas com diagnóstico de Covid-19. MÉTODO: Trata-se de um estudo de corte transversal e descritivo realizado na APS da região Sudeste. A população-alvo constitui-se por gerentes dos serviços da APS de cada município e para participar da pesquisa foram definidos os seguintes critérios de inclusão: gerente/responsável por um serviço da APS de um município por pelo menos 3 meses durante a pandemia de Covid-19, e, como critérios de exclusão: responsáveis que durante o período da pandemia estava de licença e/ou férias. Os dados foram coletados por meio de um questionário autorrespondido pelos gerentes/responsáveis pelos serviços da APS. Para a coleta de dados foi construído um questionário com base no Protocolo de Manejo Clínico do Coronavírus (Covid-19) na Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde. A coleta de dados foi realizada pelo método de bola de neve e a análise por meio da estatística descritiva. RESULTADOS: Participaram da pesquisa, 303 gerentes/responsáveis da APS, destacam-se: 266 (87,79%) eram do sexo feminino, 199 (65,68%) possuíam entre 30 e 44 anos; e, 225 (74,26%) eram enfermeiros (as). Para 48 (15,84%) participantes, os serviços da APS não realizam diagnóstico de Covid-19; entre os serviços que realizam diagnóstico, 187 (73,33%) informaram que utilizar o teste rápido e o método clínico-epidemiológico; 281 (92,74%) afirmaram que os serviços dispõem de protocolo para classificar casos suspeitos como síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave. Para 67 (22,11%) dos participantes, a unidade de saúde não realiza teleatendimento para monitoramento de casos leves de Covid-19; e, dentre as medidas adotadas para o manejo dos casos leves de Covid-19 foram citadas por 302 (99,67%) participantes a necessidade de isolamento domiciliar e 287 (94,72%) informaram a necessidade de hidratação. Ainda, 44 (14,52%) responderam que a unidade de saúde não realiza vigilância ativa e continuada de pacientes que estão recebendo acompanhamento; e, 84 (27,72%) afirmaram que a unidade de saúde não realiza a revisão dos sintomas e o seguimento da evolução do quadro a cada 48 horas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: a assistência efetiva e qualificada dos serviços da APS tornou-se essencial para o enfrentamento da pandemia, no entanto, uma vez que esse nível de assistência deve oferecer atendimento resolutivo, bem como a acompanhamento rigoroso dos casos leves de Covid-19 e a identificação precoce de casos graves que devem ser manejados em serviços especializados.