Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2022-02-01
Resumo
Apresentação: Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas-IBGE indicam que, no ano de 2019, 98% dos brasileiros com 10 anos ou mais de idade utilizam o telefone móvel como principal equipamento para ter acesso a internet, sendo que, na região Nordeste, 78,7% utilizam o celular para uso pessoal. Diante da expansão da quantidade de ferramentas e soluções tecnológicas e dos inúmeros desafios que surgiram nesse período pandêmico, tornou-se relevante e essencial a utilização de aplicativos móveis disponibilizados pelas lojas virtuais ou pelos órgãos públicos, relacionadas à área da saúde, com o intuito de oferecer soluções e praticidades que permitam alcançar determinados cuidados em saúde com pessoas enfermas. Esses aplicativos móveis são assim chamados porque correspondem a softwares desenvolvidos, de forma personalizada, para dispositivos móveis (celular e tablet). O presente estudo tem como objetivo reconhecer a importância da utilização de aplicativos móveis enquanto alternativa complementar do cuidado em saúde. Desenvolvimento do trabalho: Foi realizada revisão bibliográfica a partir da busca de artigos nas bases dos dados do PubMed e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Utilizaram-se os descritores “mobile applications” e “medicine”, bem como foi aplicado o filtro para os idiomas português, inglês e espanhol e no período referente aos últimos cinco anos. Encontraram-se 50 artigos, porém, após a leitura dos seus títulos e resumos, foram excluídos aqueles que não tinham afinidade com o tema, o que permitiu que se chegasse a um total de 3 artigos. Resultados: Os aplicativos móveis são soluções de fácil acesso e manuseio, podendo ser utilizados em praticamente todos os lugares e em qualquer momento. Há evidências consistentes de que esses aplicativos, ao serem utilizados como ferramentas de apoio aos cuidados em saúde, podem concorrer para a prevenção de doenças e para o tratamento de determinadas enfermidades. Para exemplificar, foi verificado que pacientes com idade média de 42,3 anos diagnosticados com depressão e ansiedade alcançaram uma recuperação das doenças em torno de 58% através do uso complementar de aplicativos em celulares. Esse resultado foi extraído a partir de um ensaio clínico, em clínicas de medicina interna na Universidade de Arkansas para Ciências Médicas, durante 2 meses no ano de 2018, com 146 pessoas depressivas e que sofrem de ansiedade generalizada. Em outro estudo, gestantes receberam cuidados pré-natais usando aplicativo em seus telefones celulares. Tal aplicativo foi indicado para gestantes de baixo risco para o cuidado, facilitando o cronograma, reduzindo as visitas presenciais e mantendo a satisfação e saúde das pacientes, ou seja, a ferramenta representa um potencial fornecedor de conteúdo educacional sobre o pré-natal. Considerações Finais: Conclui-se que o uso de aplicativos (ou softwares) no tratamento e no cuidado complementar em saúde de usuários corresponde a uma alternativa importante no cuidado dos usuários. Contudo, é igualmente relevante que haja um cuidado especial quanto às instituições que disponibilizam esses aplicativos sobre saúde por considerar que o ambiente virtual requer especial atenção acerca de informações confiáveis e seguras.