Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Adaptações nas atividades da Liga Acadêmica de Neurologia e Neurocirurgia do Amazonas durante a pandemia de COVID-19
Neyde Alegre de Souza Cavalcante, Nayara Paloma Carvalho de Oliveira Leão, João Pedro Moreira Guilherme

Última alteração: 2022-02-03

Resumo


Apresentação: A pandemia afetou e mudou as estratégias de estudo na Liga Universitária de Neurologia e Neurocirurgia do Amazonas, já que a forma de estudos de ensino a distância (EAD), num primeiro momento, era a única via alternativa para não atrasar as atividades. Assim, como forma de continuar impulsionando os participantes a estudar e se conectar mais na área da Neurologia e Neurocirurgia, a liga reformulou as metodologias que já existiam nas reuniões e adotou novas práticas a fim de superar o desafio vigente e garantir um melhor aproveitamento entre seus membros.

Desenvolvimento: Anteriormente, as reuniões costumavam ser quinzenais e os principais tópicos da neurologia e neurocirurgia eram apresentados por uma dupla de ligantes do novo ciclo, sempre na presença de um médico preceptor e ao final de cada palestra, abria-se um espaço para uma breve discussão da aula ministrada. Com o advento da pandemia e a incorporação inerente de tecnologia para encurtar as distâncias físicas, estabeleceu-se na liga uma metodologia mais ativa de estudos. A partir do ciclo 2021 - 2022, as aulas com conteúdo teórico seriam gravadas por cada dupla e disponibilizadas aos demais integrantes ao longo da semana. No encontros presenciais, que foram possíveis assim que a situação epidemiológica de Manaus se tornou mais estável, os acadêmicos se reuniam para uma aula mais dinâmica, de apenas casos clínicos. Dessa forma, as palestras, agora semanais, poderiam se tornar mais interativas, já que todo o conteúdo teórico já tinha sido passado de maneira assíncrona e o tempo seria melhor otimizado para as discussões, revisão de algum ponto deficiente e tirar dúvidas específicas.

Resultados: O vigente formato trouxe insegurança para todos, seja para os novos integrantes, para os diretores do grupo ou para os preceptores, pois até então, tal mudança era inédita entre as ligas universitárias da cidade. Assim sendo, a cada aula, a inserção da metodologia foi se mostrando favorável, já que as apresentações tiveram uma participação mais ativa, com casos clínicos sendo discutidos por grande parte dos alunos, resultando em maior aprendizado entre os discentes e surtindo maior satisfação nos professores durante os encontros. Além disso, este modelo se assemelha muito com as reuniões da residência médica, portanto, sendo benéfico familiarizar com a experiência desde a graduação.

Considerações Finais: É notório que as ligas universitárias conseguem se adaptar em tempos de pandemia, sobretudo no aspecto do ensino. Introduzir a metodologia que já vêm sendo aplicada na graduação, como a oferta de aulas síncronas e assíncronas, e maximizar em reuniões os casos clínicos, garantem maior aproveitamento do estudo e é vantajoso pois mantém o ligante atualizado com tópicos gerais da prática baseada em evidências. Com o uso de formas ativas de ensino, há significativo aumento no interesse dos participantes nas aulas, incluindo membros não vinculados à Liga, e de fixação desse conteúdo. Há, contudo, importante contrapartida: para uma reunião verdadeiramente proveitosa, é essencial a leitura teórica prévia.