Apresentação: O Brasil foi um dos países da América Latina que mais apresentou dados de morte de gestantes por COVID-19, sinalizando a necessidade de estratégias de saúde voltadas para essa população. Nesse sentido, com as recomendações de vigilância e isolamento social, os profissionais de saúde passaram a enfrentar um grande desafio para manter uma assistência à saúde de qualidade as gestantes, e a continuidade das ações de educação em saúde.  O objetivo deste estudo é descrever uma experiência de educação em saúde, realizada durante a pandemia COVID-19, com a implementação de um grupo de gestante em formato virtual. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência a partir de uma ação desenvolvida por uma enfermeira bolsista do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde na Estratégia de Saúde da Família Cristal/João Neiva- ES. Com o intuito de atender as regras de isolamento social e promover aproximação das gestantes ao serviço de saúde, a equipe da ESF Família Cristal se mobilizou para planejar ações virtuais (via web conferência) de educação em saúde para as gestantes. Foram planejados encontros semanais com a equipe junto às gestantes e definidos os seguintes temas: Mudanças na vida e no corpo durante a gravidez; Estimulando hábitos saudáveis durante a gravidez; A importância da saúde bucal na gestação; O que devo saber sobre o parto e pós parto; Aleitamento materno e cuidados com recém-nascido. Os encontros foram realizados no mês de março de 2021. O método de avaliação de cada encontro decorreu por meio de depoimentos livre de cada participante. Resultados: Percebeu-se que a atividade virtual, de educação em saúde, surtiu um efeito positivo, com uma boa adesão e aceitação por parte das gestantes e equipe de saúde. As vivências dentro do grupo virtual foram fundamentais para o crescimento dos profissionais e o fortalecimento do trabalho multidisciplinar e interdisciplinar. As gestantes assistidas pelo grupo interagiram, mesmo à distância, e ampliaram seus conhecimentos sobre a gravidez, parto e puerpério.  As participantes se sentiram acolhidas e felizes, trocaram experiências entre si e com os profissionais. O grupo foi um espaço oportuno e inovador por permitir a troca de informações, retirada de dúvidas das gestantes e fortalecimento do vínculo entre os profissionais de saúde e gestantes, nesse momento de isolamento social e pandemia. Considerações finais: Diante disso, contatou-se que é preciso inovar o jeito de se fazer saúde na APS, principalmente em momentos singulares como o da pandemia de COVID-19. A Educação em saúde é uma ferramenta fundamental para o fortalecimento do vínculo, autonomia e continuidade do cuidado. Torna-se importante refletir que a APS apresenta fragilidades relacionadas à infraestrutura tecnológica, ao financiamento e à qualificação profissional, sendo necessário a ampliação de recursos tecnológicos na saúde pública para um melhor acesso a população.