Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE HUMANIZAÇÃO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA:UMA REVISÃO INTEGRATIVA
MINEIA DA COSTA FIGUEIREDO, Jovelina Rodrigues dos Santos Arrais Neta

Última alteração: 2022-02-02

Resumo


As unidades de pacientes críticos, representadas pelas unidades de terapia intensiva (UTIs) e emergência, surgiram a partir da necessidade de aperfeiçoamento e concentração de recursos humanos e materiais para o atendimento de pacientes graves. Todavia essas unidades possuem algumas características próprias, como: convivência diária dos profissionais e dos sujeitos doentes com as situações de risco; ênfase no conhecimento técnico-científico e na tecnologia. Durante os últimos anos, houve uma preocupação crescente com a humanização nos cuidados intensivos. Os profissionais passaram a buscar uma atenção cada vez mais centrada nas pessoas e em questões como a necessidade de estabelecer uma comunicação empática e garantir a presença dos familiares junto ao paciente. Em 2020, no entanto, a pandemia de covid-19 abalou duramente essas conquistas, a covid-19 exigiu que os profissionais passassem por uma readaptação de humanização dentro das unidades de terapia intensiva e, com isso, surgiram vários dilemas bioéticos. Humanizar a assistência nessas unidades pressupõe integrar ao conhecimento técnico-científico responsabilidade, sensibilidade, ética, e solidariedade no cuidado ao paciente e seus familiares, e na interação com a equipe. O objetivo do trabalho foi analisar as dificuldades de implementação de estratégias em unidades de terapia intensiva e emergência, tomando por base as publicações veiculadas em periódicos nacionais. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura nacional. Para seleção dos artigos foi utilizada a base de dados on-line Literatura Latino-Americana do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) na plataforma da Biblioteca Virtual em saúde (BVS). Dos dados emergiram duas categorias de análise: tecnologia e comunicação, cuja análise revela a melhoria da assistência não configurada nos avanços da tecnologia, mas, em valores pessoais, na compreensão do verdadeiro significado do cuidado e associado ao cuidado que visa amenizar a dor; cuidar com compromisso aplicando a prática humanística. Conclusão: A comunicação é considerada fundamental para humanização da assistência prestada ao paciente crítico, uma vez que permite o desenvolvimento de uma rede de significados entre paciente, equipe, família e instituição. Estabelecer uma comunicação humana normalmente já é um desafio para muitos profissionais, mas é possível aprender técnicas básicas de comunicação empática, que transformem a qualidade do diálogo, melhorando o acolhimento e a assistência.

Palavras-chave: Humanização da Assistência; Unidade de Terapia Intensiva; Enfermagem.