Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2022-02-05
Resumo
Este trabalho visa compartilhar os resultados, publicados em artigo homônimo, de um relato de experiência acerca da elaboração de um método de estratificação dos usuários adscritos por equipe de saúde, a partir de um indicador social de acesso público na perspectiva de contemplar a heterogeneidade do território, as desigualdades sociais e o diagnóstico das vulnerabilidades, amparando a primeira questão norteadora da metodologia do dimensionamento da força de trabalho aplicada para os serviços de Atenção Primária em Saúde: “para quem?”. Foi um estudo descritivo do tipo relato de experiência, concebido para superar as dificuldades do dimensionamento da força de trabalho em saúde na Atenção Primária, em uma região de saúde do Ceará. O método para classificar as vulnerabilidades dos territórios de abrangência de cada Unidade de Atenção Primária em Saúde (UAPS) é descrito em quatro etapas: identificação do índice do indicador bolsa família, realização do cálculo da média aritmética simples entre os índices do indicador designado, classificação e definição de vulnerabilidade para cada UAPS e adscrição de usuários para cada grau de vulnerabilidade, variando de 2.000 a 3.500 por equipe de Saúde da Família (eSF). O método proposto oferece uma valiosa contribuição ao planejamento em saúde, vistas à produção de informações essenciais para subsidiar a formulação de políticas públicas, considerando as diferenças das condições de vida e de saúde da população. Este dispositivo ainda permite dimensionar as equipes de Saúde da Família, viabilizando uma distribuição mais equânime da força de trabalho e fortalecendo a Estratégia de Saúde da Família, modelo prioritário no País.