Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2022-07-11
Resumo
O comportamento suicida neste estudo foi compreendido por acontecimentos sequenciais e contínuos de autolesões que envolve ideação, ameaças, tentativas de atos suicidas. O comportamento suicida divide-se em 3 fases: pensar em suicídio, tentativa de suicídio e consumação do ato. Os usuários com comportamentos suicidas no município são atendidos na unidade de emergência e deveriam após a situação de crise ou surto serem encaminhados de forma implicada para o Centro de Atenção Psicossocial- CAPS do seu território, contudo nem sempre eles chegam até um CAPS, vários fatores podem levar a essa ocorrência, tais como: dificuldade do usuário em chegar na unidade, demora para o agendamento, não ter ou não ser feito encaminhamento pelo médico, foram algumas situações identificadas. Diante do exposto foram definidos os objetivos da pesquisa: identificar os usuários com comportamento suicida que dão entrada no serviço de emergência; realizar busca ativa dos que não chegaram ao CAPS e monitorar o acompanhamento dos usuários no serviço de atenção psicossocial. A metodologia escolhida foi o relato de experiência, que possibilitou a discussão, a troca e a proposição de estratégias para a melhoria do cuidado na saúde. A coleta dos dados foi por meio do boletim de atendimento médico, no ano de 2021. Foi construída uma tabela contendo: data, turno de admissão, nome completo, data de nascimento, bairro, telefone, tipo de comportamento suicidas (autolesão, ideação, tentativa de suicídio), diagnóstico e co morbidades, encaminhamento. Optou-se pela análise temática da Minayo conforme as fases: exploratória, trabalho de campo e análise e tratamento do material empírico ou documental que serviu de aporte para a elaboração dos problemas e criação do plano de intervenção. Após a consolidação dos dados, no ano de 2021 foram atendidas 228 pessoas com comportamento suicida, sendo: 60% correspondiam as tentativas de suicídio, 35% com ideações suicidas e 05% foram autolesões, vale ressaltar que 9,6% eram menores de 18 anos. Os usuários foram filtrados na tabela conforme seu bairro de residência e assim foram identificadas as unidades de saúde mental no território de moradia. Foi feito busca ativa por telefone, agendado atendimento na unidade e a partir de então iniciado o projeto terapêutico. 100% dos casos estão em acompanhamentos no CAPS do município. Realizado a criação de um fluxograma para usuários em crise com protocolo municipal para nortear as ações de cuidado na rede de atenção à saúde. Conclui- se que o estudo viabilizou um cuidado com uma melhor eficiência, seguro para os usuários com patologias relacionadas à saúde mental.