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Apresentação: O Projeto de extensão Pedra 90 Saudável foi realizado pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com o propósito de refletir a responsabilidade da universidade, em especial do Instituto de Saúde Coletiva (ISC), em articular junto com a comunidade ações de Saúde Pública que visassem à construção de Espaços e Comunidades Saudáveis nos moldes do Projeto Municípios Saudáveis, implementado pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS). A Hipertensão Arterial Sistêmica - HAS é classificada como uma Doença Crônica Não Transmissível (DCNT), considerada multifatorial associada a fatores de risco modificáveis (SOARES, et al. 2011). Em 2001 o Ministério da Saúde (MS) com o intuito de organizar a assistência às pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes, lançou o Plano de Reorganização da Atenção a Hipertensão Arterial e Diabetes, que constitui um sistema de cadastro de modo a permitir o monitoramento e gerar informações para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos de forma regular e organizada, se tornando uma ferramenta essencial para instrumentalizar a prática de atendimento aos usuários (FILHA et al, 2011). Este resumo tem o objetivo de descrever sobre a experiência no programa Hiperdia. Desenvolvimento do Trabalho: utilizou-se a abordagem quali-quantitativa, com o intuído de compreender a participação da população do bairro Pedra 90 no programa Hiperdia, para isso foram empregados como ferramentas a observação participante e entrevistas. Resultados: Os(a) estudantes membros deste trabalho acompanharam algumas atividades realizadas pelo programa, além de organizarem uma palestra voltada para a alimentação saudável. Tal atividade contou com expressiva participação dos idosos, pois por meio de uma dinâmica sobre alimentação diária, os(as) participantes falavam o que consumiam nas refeições e identificavam o que era errado consumir em excesso, em um quadro com gravuras, deixando apenas o considerado enquanto saudável. Além disso, houve um momento de interação social com café da manhã, práticas físicas, médicas e cuidados com a alimentação. Dos 47 participantes presentes, 35 foram mulheres, demonstrando a maior participação das mulheres, 36,2% apresentaram pressão igual ou superior à 140x90 mmhg, indicando a presença de hipertensão e 48,9% tiveram níveis de glicemia acima de 110 mg/dL, ou seja, eram diabétivos. Destaca-se que apesar do sexo feminino ter o maior número de casos absolutos de hipertensão (12) e diabetes (14), a prevalência de tais doenças, em cada grupo, foi maior no sexo masculino, 41,7%, 75%, respectivamente. Ademais foi observado que as mulheres têm o maior cuidado com a saúde. Considerações finais: Como o enfoque do projeto é a adesão e incentivo ao programa Hiperdia, faz-se necessário uma ação conjunta de vários setores da sociedade, incluindo a comunidade local, com ressalva a intersetorialidade, ponto fundamental na promoção da saúde. Por isso, é de suma importância continuar a realização do projeto, visando não apenas a melhoria do programa, como também a inserção e envolvimento dos(as) estudantes no campo, dessa forma é possível estreitar a relação da comunidade com o ISC e a universidade como um todo, fazendo-se mais presente na organização e ações promovidas dentro dos territórios.